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Resumen de Colonialidade alimentar? Alguns apontamentos para reflexão

Vinícius Cosmos Benvegnú, Diana Manrique García

  • español

    Alimentarse es un ejercicio cotidiano que más allá de la ingestión/incorporación de alimentos revela la acción humana en sociedad, conectando las identidades y las diferencias a cuestiones de género, a las prácticas sociales y a la nutrición propia. Sin embargo, alimentarse está cada vez más lejos de esa asociación, lo cual se evidencia al observar que determinados alimentos comienzan a circular en el mercado alimentario global y pasan a ocupar un lugar privilegiado. Ese movimiento hace parte de un trayecto que tiende a la homogenización y estandarización, no solo de los alimentos, sino de los cuerpos producidos por esa alimentación. Por otra parte, muchas comidas “ancestrales” y/o tradicionales y sus legados de prácticas alimentares son extraídos de sus realidades locales alejándose de su matriz referencial. En este trabajo cuestionamos ¿por qué apenas un reducido número de alimentos (soja, maíz y trigo, leche y carnes) son elegidos como la base de la dieta humana? ¿Cómo llegamos a este estado alimentario? Y, ¿es posible hablar en términos de una “colonialidad alimentaria”? (Herrera Miller, 2016). Iniciamos argumentando que el desarrollo y sus dispositivos (el agronegocio, los transgénicos, etc.) son emprendimientos que componen la modernidad/colonialidad de la racionalidad occidental. Un segundo paso es evaluar si el conjunto de prácticas y conocimientos envueltos en el agronegocio y la producción de alimentos oriunda de las commodities apuntan a una “colonialidad alimentaria”. El trabajo se basa en revisión bibliográfica y algunos datos empíricos resultantes de la investigación para tesis de doctorado de una de las autoras en la Amazonía Boliviana, donde se puede observar cómo en este escenario emergen prácticas de re- existencias que se ubican en las márgenes del sistema moderno.

  • English

    Eating is an everyday exercise that beyond the ingestion / incorporation of food reveals human action in society, connecting identities and differences, to questions of gender, to socialization and to nutrition itself. However, eating has been moving increasingly away from that association, evidenced by the observation that certain foods begin to dance in the global food market and come to occupy a place of privilege. This movement is part of a path that aims at the homogenization and standardization, not only of food, but also of the bodies produced by this food. On the other hand, many "ancestral" and / or traditional foods and their legacies of food practices are drawn from their local realities and away from their referential matrix. In this paper, we wonder why only a small number of foods (soy, corn and wheat, milk, and beef) are chosen as the basis of the human diet. How do we get to this food stage? And, is it possible to speak in terms of a "food coloniality"? (Herrera Miller, 2016). We begin arguing that development and its devices (agribusiness, transgenics, etc.) are enterprises that make up the modernity / coloniality of Western rationality. A second step is to evaluate if the set of practices and knowledge involved in agribusiness and food production originates from the commodities point to a "food coloniality". The work will be based on data from the literature and some empirical data from the research for doctoral thesis of one of the authors in the Bolivian Amazon where you can see how in this scenario re-existence practices emerge that are located on the margins of the modern system.

  • português

    Alimentar-se é um exercício cotidiano que além da ingestão/incorporação de alimentos ao corpo, desvela a ação humana em sociedade, conectando-se às identidades e às diferenças, a questões de gênero, às práticas sociais e à própria nutrição. Contudo, alimentar-se tem ficado cada vez mais apartado dessa associação, evidenciado pela observação de que determinados alimentos começam a dançar no mercado global alimentar e passam a ocupar um lugar de privilégio. Esse movimento faz parte de um trajeto que visa à homogeneização e estandardização, não somente dos alimentos, mas no limite dos corpos produzidos por essa alimentação. De outra parte muitas comidas “ancestrais” e/ou tradicionais e seus legados de práticas alimentares são extraídos de suas realidades locais ficando longe de sua matriz referencial. Neste trabalho nos questionamos de por que apenas um reduzido número de alimentos (soja, milho e trigo, leite e carnes) são eleitos como a base da dieta humana. Como chegamos a este estágio alimentar? E, é possível falar em termos de uma “colonialidade alimentar” (Herrera Miller, 2016). Iniciamos argumentando que o desenvolvimento e seus dispositivos (o agronegócio, os transgênicos etc.) são empreendimentos que compõe a modernidade/colonialidade da racionalidade ocidental. Um segundo passo é avaliar se conjunto de práticas e conhecimentos envolvidos no agronegócio e a produção de alimentos oriunda das commodities apontam para uma “colonialidade alimentar”. O trabalho será embasado em dados da bibliografia e de alguns dados empíricos decorrentes da pesquisa para tese de doutorado de uma das autoras na Amazônia da Bolívia, onde pode-se observar como neste cenário emergem práticas de re-existências que ficam nas margens do sistema moderno.


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