Brasil
Proponemos abordar algunos aspectos de los medios y redes sociales en el contexto de la organización social del pueblo indígena WaiWai en la Amazonia brasileña. El foco de la descripción son los moradores de la comunidad Anauá, ubicada en el municipio de São Luiz do Anauá en el sur del estado de Roraima. Los WaiWai, como son llamados hoy y así se autodenominan, es un colectivo complejo y difuso que hace unos 60 años convive en grandes aglomerados, domesticando el mundo de los blancos y transformando las tradiciones culturales de sus antepasados precolombinos. Es parte de sus vidas las tecnologías modernas del mundo occidental, motores de popa, rifles, automóviles, electrodomésticos, celulares, ordenadores, etc. Actualmente se observa con mucha frecuencia los WaiWai circulando por las villas, ciudades y capitales amazónicas, portando celulares y conectados en redes sociales. Describir algunas relaciones establecidas entre ellos, a partir de las transformaciones proporcionadas por los medios y redes sociales, en articulación con sus propias formas de organización y gestión territorial, es el punto central de este artículo. De acuerdo con la mayoría de los jóvenes abordados, el celular ocupa un lugar importante en el registro de sus diferencias frente a los blancos. Como observó uno de ellos: "el celular es el abuelo de los WaiWai, guarda nuestra memoria y puede explicar todo lo que la gente no sabe". Ocupando tres Tierras Indígenas en Brasil y un Territorio Reservado en Guyana, conectados por las redes sociales como Facebook, Instagram y YouTube, los jóvenes pasaron a circular mensajes, fotos, videos y articular encuentros virtuales y reales.
We propose to address some aspects of the media and social networks in the context of the social organization of the WaiWai indigenous people in the Brazilian Amazon. The focus of the description is the residents of the Anauá community, located in the municipality of São Luiz do Anauá in the southern state of Roraima. The WaiWai, as they are called today and so call themselves, is a complex and diffuse collective that for 60 years has lived in large clusters, taming the world of whites and transforming the cultural traditions of their pre-Columbian ancestors. Modern western technologies, outboards, shotguns, automobiles, appliances, cell phones, computers, etc. are part of their lives. Nowadays, the Waiwai are often seen circulating around the villages, cities and Amazonian capitals, carrying cell phones and connected in social networks. To describe some relationships established between them, from the transformations provided by the media and social networks, in articulation with their own forms of organization and territorial management, is the central point of this article. In agreement with the majority of the youngsters approached, the cellular occupies an important place in the registry of their differences against the whites. As one of them observed, "the cell phone is the WaiWai's grandfather, it keeps our memory and can explain everything we do not know." Occupying three Indigenous Lands in Brazil and a Reserved Territory in Guyana, connected by social networks like Facebook, Instagram, and YouTube, the young people began to circulate messages, photos, videos and articulate virtual and real encounters.
Propomos abordar alguns aspectos das mídias e redes sociais no contexto da organização social do povo indígena WaiWai na Amazônia brasileira. O foco da descrição são os moradores da comunidade Anauá, localizada no município de São Luiz do Anauá no sul do estado de Roraima. Os WaiWai, como são chamados hoje e assim se autodenominam, é um coletivo complexo e difuso que há cerca de 60 anos convive em grandes aglomerados, domesticando o mundo dos brancos e transformando as tradições culturais de seus antepassados pré-colombianos. Faz parte de suas vidas as tecnologias modernas do mundo ocidental, motores de popa, espingardas, automóveis, eletrodomésticos, celulares, computadores, etc. Atualmente se observa com muita frequência os WaiWai circulando pelas vilas, cidades e capitais amazônicas, portando celulares e conectados em redes sociais. Descrever algumas relações estabelecidas entre eles, a partir das transformações proporcionadas pelas mídias e redes sociais, em articulação com suas próprias formas de organização e gestão territorial, é o ponto central deste artigo. Em acordo com a maioria dos jovens abordados, o celular ocupa um lugar importante no registro de suas diferenças frente aos brancos. Como observou um deles: “o celular é o avô dos WaiWai, guarda a nossa memória e pode explicar tudo que a gente não sabe”. Ocupando três Terras Indígenas no Brasil e um Território Reservado na Guiana, conectados pelas redes sociais como o Facebook, Instagram e Yotube, os jovens passaram a circular mensagens, fotos, vídeos e articular encontros virtuais e reais.
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