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Resumen de A noção de “bem viver” Hupd’äh em seu Território

Lirian Ribeiro Monteiro, Cecilia McCallum

  • español

    O interior da floresta é o local onde os Hupd’äh, grupo indígena do Alto Rio Negro - Amazonas (Brasil) se sentem seguros e felizes e é para acampamentos de caça que muitas famílias se direcionam, sobretudo, em períodos de fartura. Passear no mato seja para coletar frutos, caçar, extrair cipó ou seguir trilhas para visitar parentes em outras comunidades, é realmente um momento de felicidade, onde os Hupd’äh se sentem completamente à vontade. Geralmente, a oferta de alimentos diminui entre os meses de junho-julho a novembro-dezembro, quando não há abundância de frutos do mato e menos possibilidade de carne de caça, o que se caracteriza por um período de escassez alimentar. Soma-se a isso o ritual das flautas do Jurupari, que é determinante na vida Hupd’äh, tanto para a noção de “viver bem Hup” (Náw ®b®y), quanto para a noção de território Hup (®n®h s’àh – nosso território), garantindo-lhes inclusive a manutenção da perambulação no interior da floresta até os dias atuais – onde ocorre tal prática cerimonial através da coleta de frutos do mato. Esta comunicação pretende apresentar uma análise desta relação dos Hupd’äh com o seu território – atentando para a noção de “viver-bem” a partir de dados levantados decorrentes de experiência etnográfica entre os Hupd’äh bem como da literatura etnológica da região.  

  • English

    The interior of the forest is where the Hupd’äh, indigenous group of the Upper Rio Negro, Amazonas state, Brazil, feel safe and happy and it is to hunting camps that many families go at times of plenty. When perambulating in the forest, whether to collect fruit or vines, hunt, or visit relatives in other communities, is really a moment of happiness, a time when Hupd’äh feel completely at ease. Generally, the food supply decreases during the months between June- July and November-December, when fruits of the forest are scarce and there is less possibility of catching game, leading to a period of food shortage. This paper aims to present an analysis of Hupd’äh relationship with their territory, paying attention to the notion of “living well” as it emerges from analysis of data collected during an ethnographic experience among Hupd’äh, as well as from the ethnological literature on the region.


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