Resumen de A constituição da grupalidade com um grupo de crianças com autismo

Rosana Carla do Nascimento Givigi, Erica Daiane Ferreira Camargo, Giovanna Santos da Silva

• English

  A group is formed by the connections between the participants, which allow the intersubjectivity of the bonds. However, groupality is constituted by desire and by the different ways of thinking about collectivities. The aim of this study was to understand the formation process of a group based on group work with children with autism. Methodologically, it is qualitative and descriptive.The collection was through the mediation of a group work with 3 (three) children with autism and also through the construction of the field diary of the intervention. For this article, 40 reports were analyzed, corresponding to meetings held over a period of 1 (one) year. As results stand out:The variety of strategies was important for the interaction process, with playing being the main tool; interactional movements boosted new learning and the construction of communication;groupality was constituted in the tension between the individual and the collective, demanding an qualified hearing to the processes.It is concluded that collective spaces are potent for development and that groupality is the result of a process in which affections, conflicts, actions, potency, differences, desire and a lot of partnership circulate.

• português

  Um grupo é formado pelas ligações entre os participantes, que permitem a intersubjetividade dos vínculos. Porém, a grupalidade é constituída pelo desejo e pelas variadas formas de pensar as coletividades. O objetivo deste estudo foi compreender o processo de constituição da grupalidade a partir de um trabalho grupal com crianças com autismo. Metodologicamente é de natureza qualitativa e de caráter descritivo. A coleta se deu através da mediação de um trabalho em grupo com 3 (três) crianças com autismo e também pela construção do diário de campo da intervenção. Para este artigo foram analisados 40 relatórios, correspondentes aos atendimentos que ocorreram durante o período de 1 (um) ano. Como resultados destacam-se: A variedade de estratégias foi disparadora para o processo de interação, sendo o brincar a principal ferramenta; os movimentos interacionais foram propulsores para novas aprendizagens e para construir a comunicação; a grupalidade se constituiu na tensão entre o particular e o coletivo, sendo necessária uma escuta atenta aos processos. Conclui-se que os espaços coletivos são potentes para o desenvolvimento e que a grupalidade é resultado de um processo no qual circulam afetos, conflitos, ações, potências, diferenças, desejo e muita parceria.