Our article proposes, from the Acts of Perpetua and Felicity (203 AD) – an account of a woman newly converted to Christianity – to analyze how Christian women in Roman society, and in third-century Carthage in particular, were no exactly invisible, but made invisible. That was done through a constant work of discipline and framing, which came from both intellectuals and civil and religious authorities. However, obscuring women’s stories involving martyrdom and their effective action within communities did not always work. This is attested by Perpetua’s account, as well as a multitude of other so-called apocryphal Christian texts. These texts represent a milestone of the early Christianity, which, in many of its aspects, and to a greater or lesser extent, made women come out of their penumbra to assume new identities.
Nesse artigo, nos propomos, com base nas Atas de Perpétua e Felicidade (203 d.C.) – um relato de uma mulher recém-convertida ao cristianismo – a analisar como as mulheres cristãs na sociedade romana, e na Cartago do século III em particular, não eram propriamente invisíveis, e sim invisibilizadas. Isso era feito por meio de um trabalho constante de disciplina e enquadramento, que partia tanto de intelectuais quanto de autoridades civis e religiosas. Porém, obscurecer histórias de mulheres envolvendo o martírio e a sua atuação efetiva no seio das comunidades nem sempre funcionava. Atestam-no o relato de Perpétua, além de uma infinidade de outros textos cristãos, ditos apócrifos. Estas fontes, na realidade, representam um marco do cristianismo nascente, o qual, em muitas de suas vertentes, e em maior ou menor grau, fez as mulheres saírem da penumbra para assumirem novas identidades.
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