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Resumen de Pluralismo y Narrativas Disidentes en la Esfera Pública Latinoamericana

Ricardo Samaniego de la Fuente

  • español

    En este artículo se argumenta que la noción de la ‘esfera pública’ es crucial para entender las posibilidades de democratización que surgen desde las intervenciones de movimientos sociales actuales en América Latina. En particular, se propone que el modelo mas adecuado en este respecto es el de las ‘contra-esferas públicas.’ Este, se argumenta, es superior al modelo hegemónico ‘burgués,’ y a las alternativas ‘plebeya’ y ‘proletaria,’ pues es el que mejor permite analizar las contribuciones y el potencial transformador de estos movimientos. Para esto, primero se muestran los puntos débiles de los modelos alternativos. Después se argumenta que el modelo burgués de la esfera pública desarrollado por Habermas 1) no logra captar el pluralismo y el multiculturalismo—característicos de las sociedades Latinoamericanas contemporáneas; y 2) no permite entender el valor de fenómenos como el consumo y discusión de objetos culturales, el uso narrativo/poético del lenguaje, o las expresiones estéticas. Esto es problemático, pues son fenómenos constitutivos del contexto Latinoamericano y forman parte fundamental en la construcción y expresión de diversos grupos sociales contra-hegemónicos en la región. Finalmente, apoyándome en los trabajos de Negt y Kluge, Fraser, y en algunas contribuciones feministas, se muestra que el modelo de las contra-esfera públicas es una alternativa superior para aprehender las características de ese espacio publico. En primera instancia, porque se basa en una idea más comprehensiva del ‘universalismo,’ sensible a las diferencias sociales y culturales. En segundo lugar, porque contra el sesgo argumentativo del modelo habermasiano, el de las contra-esferas públicas permite entender el aporte racional y democrático de formas alternativas de expresión, representación, e interacción social.

  • English

    This article argues that the concept of the ‘public sphere’ is fundamental to understand the present possibilities of democratization that emerge from the interventions of social movements in Latin America. In particular, it proposes that the most adequate model of the public sphere in this regards is that of the ‘counter-public spheres.’ This model, I argue, is superior to the bourgeois model, as well as to the ‘plebeian’ and ‘proletarian’ alternatives, insofar as it is the one that better allows to assess the contributions and transformative potential of the aforementioned movements. In a first step, I point out the weaknesses of the alternative models. Then, I argue that the model of the ‘bourgeois public sphere,’ developed by Habermas 1) is not able to account for the pluralism and multiculturalism that characterize contemporary Latin American societies; and 2) does not allow to comprehend the value of phenomena such as cultural consumption, the discussion of cultural objects, the narrative/poetic uses of language, or aesthetic modes of expression. This is problematic, given that these phenomena are constitutive of the Latin American context and play a fundamental role in the construction and forms of expression of a diversity of counter-hegemonic groups in the region. Finally—relying on the work of Negt and Kluge, Fraser, and on some feminist contributions—the model of the ‘counter-public spheres’ is shown to be more adequate to apprehend the characteristics of the region’s public space. First, because it is based in a more comprehensive idea of ‘universalism,’ one that is sensitive to social and cultural difference. Second, because, counter to the argumentative bias of Habermas’ model, the counter-public spheres model allows to understand the rational and democratic contributions of alternative forms of expression, representation, and social interaction.

  • português

    Em esse artículo argumenta-se que a noção de esfera pública é crucial para entender as possibilidades de democratização que surgem desde as atuais intervenções de movimentos sociais em América Latina. Em particular, propõe-se que o modelo mais adequado no que nisso respeita é o de ‘contra-esferas públicas.’ Esse, se argumenta, é superior ao modelo hegemônico ‘burguês,’ e as alternativas ‘plebeia’ e ‘proletária,’ pois é o que melhor permite analisar as contribuições e o potencial transformador desses movimentos. Para isto, primeiro mostram-se os pontos fracos dos modelos alternativos. Depois, argumenta-se que o modelo burguês da esfera pública desenvolvido por Habermas 1) não consegue captar o pluralismo e multiculturalismo—característicos das sociedades Latino-americanas contemporâneas e; 2) não permite entender o valor dos fenómenos como o consumo e discussão de objetos culturais, o uso narrativo ou poético da linguagem, ou as expressões estéticas. Isso é problemático, pois são fenômenos constitutivos do contexto Latino-americano e formam parte fundamental na construção e expressão de diversos grupos sociais contra-hegemônicos na região. Finalmente mostra-se que o modelo das contra-esferas públicas, desenvolvido por Negt e Kluge, e Fraser, é uma alternativa superior para apreender as características desse espaço público. Em primeiro lugar porque baseia-se em uma ideia mais compreensiva do ‘universalismo,’ uma sensível às diferenças sociais e culturais. Em segundo lugar, porque contra o viés argumentativo do modelo habermasiano, o das contra-esferas públicas permite entender o aporte racional e democrático de formas alternativas de expressão, representação e interação social.


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