Brasil
Sabe-se que a obra póstuma de Lukács, Para uma Ontologia do Ser Social, constitui um formidável esforço para reafirmar a ontologia à contracorrente, ou seja, em uma quadra histórica de total domínio de concepções relativistas e antiontológicas. Tendo essa obra póstuma como tema, o presente artigo concentra-se nos momentos específicos da Ontologia de Lukács que examinam o nexo entre ontologia e ética. Um desses momentos é certamente a análise ontológica de Lukács do que ele denomina a forma prototípica de prática humana (o trabalho), que é empregada, entre outras coisas, para estabelecer a particularidade do ser social em comparação com os seres orgânico e inorgânico. A primeira seção trata brevemente dessa análise. Uma segunda seção delineia a inspeção realizada por Lukács da gênese da consciência humana no trabalho e de sua relação dialética com a prática social. A última seção procura indicar a forma como Lukács defende o valor como uma categoría nova e decisiva do ser social, cuja gênese é identificada no trabalho.
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