This article is about some of the forcelines of Oswald de Andrade’sAnthropophagyin the 21st century, in the context of the cen-tennial of theModern Art Week of 1922, ofwhich the poet was one of the promoters, butalso one of its greatest critics. My reading ofOswald de Andrade’s work seeks precisely tohighlight his heterodoxy, the anarchic juxtapo-sition of theoretical references, throughout theManifesto Antropófago, as a critical devouring.Oswaldian plurality seems to affirm that hisworldview is, by nature, against any orthodoxy.The article also points out the affiliation of theAmerindian Perspectivismby Eduardo Viveirosde Castro and Tania Stolze Lima, as a conceptof the same political and poetic family as theAnthropophagyof Oswald de Andrade, that is,as a combat weapon against the cultural subjec-tion of Latin America to European and Chris-tian paradigms
Cet article porte sur l’actualité et surcertaines lignes de force de l’Anthropophagied’Oswald de Andrade au xxiesiècle, dans lecontexte du centenaire de laSemaine d’Art Mo-derne de 1922, dont le poète fut l’un des pro-moteurs, mais aussi l’un de ses plus grandscritiques. Notre lecture de l’œuvre d’Oswaldde Andrade vise précisément à mettre en évi-dence son hétérodoxie, la juxtaposition chique de références théoriques tout au longduManifesto Antropófagoen tant que dévora-tion critique. La pluralité oswaldienne sembleaffirmer que sa vision du monde est, par na-ture, contre toute orthodoxie. L’article sou-ligne également l’appartenance duPerspecti-visme Amérindiend’Eduardo Viveiros de Cas-tro et de Tania Stolze Lima, en tant queconcept de la même famille politique et poé-tique que l’Anthropophagied’Oswald de An-drade, c’est-à-dire, en tant qu’arme de combatcontre l’assujettissement culturel de l’AmériqueLatine aux paradigmes européens et chrétiens.
Esse artigo versa sobre a atualidade e algumas linhas de força da Antropofagia de Oswald de Andrade no século xxi, em meio ao contexto do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, da qual o poeta foi um dos fomentadores, mas também um de seus maiores críticos. Minha leitura sobre a obra de Oswald de Andrade procura exatamente destacar a sua heterodoxia, a justaposição anárquica de referenciais teóricos, ao longo do Manifesto Antropófago, enquanto devoração crítica. A pluralidade Oswaldiana parece afirmar que sua visão de mundo é, por natureza, contra qualquer ortodoxia. O artigo aponta ainda a filiação do Perspectivismo Ameríndio de Eduardo Viveiros de Castro e Tania Stolze Lima, como um conceito da mesma família política e poética que a antropofagia de Oswald de Andrade, isto é, como arma de combate contra a sujeição cultural da América Latina aos paradigmas europeus e cristãos.
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