O reaproveitamento é preconizado na hierarquia do gerenciamento de residuos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), imprescindível para a solução do acúmulo e correta destinação dos residuos sólidos. Os resíduos orgânicos ocupam altos índices de geração per capita, porém, tais resíduos são considerados rejeitos e com baixos índices de reaproveitamento. A compostagem é considerada uma técnica sustentável, de baixo custo, simples e eficaz para a geração de composto orgânico. O trabalho foi desenvolvido na cidade de Natal- RN, Brasil, com objetivo de verificar o impacto da compostagem domiciliar no gerenciamento de residuos. A metodologia compreendeu as atividades de diagnóstico de geração de resíduos orgânicos, construção e manejo da composteira doméstica, seleção dos resíduos orgânicos domiciliares e realimentação da composteira. Ao longo do proceso, observou-se que nos primeiros dias após o seu abastecimento, o “chorume” liberado era de coloração amarelada e odor forte e cítrico. Com a reidratação dos resíduos com o chorume primário, verificou-se que o líquido produzido apresentou coloração marrom escura e odor amadeirado, que são característicos do biofertilizante, e seu volume medido aumentou em 200 mL por semana. Com o revolvimento do material sólido, verificou-se que os resíduos a se decompor mais lentamente foram as cascas de melancia e de jerimum e os talos de couve. Conclui-se que o processo de compostagem doméstica aplicado nas condições estudadas apresentou resultados eficientes para a contribuição do gerenciamento de resíduos sólidos urbanos.
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