Resumen de Logística reversa de módulos fotovoltaicos: desafios e possibilidades no cenário brasileiro
Keli Starck, Ithalo Hespanhol de Souza, Edegar Luiz Del Sent
A ascensão da utilização de fontes de energias renováveis, tais como a energia solar fotovoltaica — principalmente devido aos menores custos de implantação —, tem evidenciado a necessidade de (re)pensar o processo de destinação final dos módulos fotovoltaicos ao final de sua vida útil — estimada em, aproximadamente, 25 anos. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo discutir os principais desafios e oportunidades da logística reversa de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) provenientes de módulos fotovoltaicos no Brasil. Os procedimentos metodológicos empregados pautaramse em uma pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados apontam que, no Brasil, o Acordo Setorial para a Logística Reversa de Eletroeletrônicos é um avanço na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas ainda há desafios específicos para a logística reversa de módulos fotovoltaicos, tais como a coleta e transporte, a triagem, a composição química dos módulos fotovoltaicos, a produção majoritária por pequenos usuários, que dificulta o estabelecimento de canais reversos e, também, as regulamentações e legislações em relação à destinação dos resíduos. Na sequência, são discutidas algumas possibilidades para o desenvolvimento de um sistema de logística reversa eficiente e sustentável, como a geração de emprego e renda, a implementação dos novos certificados de créditos da logística reversa em âmbito federal, a mineração urbana e o comprometimento dos atores envolvidos. Por fim, o estudo destaca a importância de incentivos e políticas públicas para a implementação de sistemas eficientes de logística reversa.
