Cristian Cláudio Quinteiro Macedo
O presente artigo é uma pesquisa de Historiografia da Tradução que tem o objetivo de apresentar notas históricas sobre duas regras de tradução escritas no século XVII e algumas de suas relações. Trata-se de dois textos produzidos por jansenistas daquela época; Règles de la traduction françoise, de 1650, e Règles de la traduction ou moyens pour apprendre à traduire de latin en français tiré de quelques unes des meilleures traductions du temps, de 1660. A primeira, uma lista de onze regras de autoria de Antoine Lemaistre, apesar de ser publicada postumamente apenas no século XVIII, já circulava entre sábios e tradutores do Grand Siècle, principalmente entre os jansenistas de Port-Royal. A segunda, compostas de nove regras, foi elaborada e publicada por Gaspar de Tende. O primeiro autor era um tradutor do mosteiro, o segundo era um sábio laico, também tradutor. Ao se compreender o contexto cultural, em sua dimensão laica e religiosa, percebe-se que são obras de teor regulador comum ao período, mas guardando cada qual suas especificidades. no que diz respeito às suas diferenças, enquanto as regras de Antoine Lemaistre privilegiam a forma e o estilo do texto traduzido, as regras de Gaspar de Tende parecem voltadas às relações entre o texto original e o texto traduzido.
This article is a Translation Historiography research that aims to present historical notes on two translation rules written in the 17th century and some of their relationships. These are two texts produced by Jansenists at that time; Règles de la traduction françoise, from 1650, and Règles de la traduction ou moyens pour apprendre à traduire de latin en français tiré de quelques unes des meilleures traductions du temps, from 1660. The first, a list of eleven rules by Antoine Lemaistre , despite being published posthumously only in the 18th century, already circulated among scholars and translators of the Grand Siècle, mainly among the Jansenists of Port-Royal. The second, composed of nine rules, was elaborated and published by Gaspar de Tende. The first author was a translator from the monastery, the second was a lay scholar who was also a translator. When understanding the cultural context, in its secular and religious dimension, it is perceived that they are works with a regulatory content common to the period, but each one keeping its specificities. with regard to their differences, while Antoine Lemaistre's rules favor the form and style of the translated text, Gaspar de Tende's rules seem to focus on the relationship between the original text and the translated text.
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