This article summarizes the results of a research carried out by Jean-Marie Floch at the end of the 1980s as part of a consultancy commissioned by the Paris metropolitan region's transit authority (RATP), which wanted to better understand the profiles of users of the metro and suburban train network in order to improve its service offer. After an extensive investigation into the multiple ways of using public transport - always thinking of the traveler's journey as a text to be analyzed - Floch establishes four major interdefined categories of metro passengers: surveyors, professionals, daydreamers and strollers, each with their own modes of locomotion, their degree of mastery of the spaces traversed, their greater or lesser sensitivity to the surroundings, their perception of the presence and behavior of other passengers and of the metro workers. In this work, the author anticipates some of the points that semioticians would later develop, such as the semiotic theorization of forms of life or the question of meaning-producing practices within social life.
Este artigo traz uma síntese dos resultados de uma pesquisa realizada por Jean-Marie Floch em finais da década de 1980, a partir de uma consultoria encomendada pela direção dos transportes em comum da região metropolitana de Paris (RATP), que desejava conhecer melhor os perfis de usuários da rede de metrô e trens de subúrbio, a fim de aprimorar sua oferta de serviços. Após uma extensa investigação sobre as múltiplas maneiras de se utilizar os transportes coletivos – pensando sempre no trajeto do viajante como um texto a ser analisado – Floch estabelece quatro grandes categorias interdefinidas de passageiros do metrô: agrimensores, profissionais, sonâmbulos e errantes, cada qual com suas modalidades de locomoção, seu grau de domínio dos espaços trilhados, sua maior ou menor sensibilidade ao entorno, sua percepção da presença e do comportamento dos demais passageiros e dos metroviários. O autor antecipa, neste trabalho, alguns dos pontos que os semioticistas viriam a desenvolver posteriormente, tais como a teorização semiótica das formas de vida ou a questão das práticas produtoras de sentido no seio da vida social.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados