Julio Silva Ruiz, Luís Carreira dos Santos, Vasco Miguel Lopes
O turismo de natureza é uma das indústrias que mais cresceu no mundo desde o início do século. Este crescimento é raramente acompanhado pelos sistemas de gestão de áreas naturais que lutam contra o número crescente de turistas, falta de infraestruturas, informação e organização. Uma das soluções adotadas por muitas áreas naturais é a adoção de classificações adicionais, tais como reservas de biosfera, Ramsar, Natura 2000, entre muitas outras. Esta abordagem estratégica comprometeu a maior parte das estruturas de gestão aos esforços burocráticos, tornando difícil o processo de adaptação.As várias classificações, embora facilmente compreendidas, ficam aquém dos objetivos pretendidos, apresentando metodologias tradicionais, promoção ineficaz, baixo envolvimento local e estratégias de educação convencionais. O conhecimento académico e o profissionalismo audiovisual podem produzir materiais promocionais e de vídeo documental para uma vasta gama de públicos, fornecendo ferramentas de comunicação, educacionais e de desenvolvimento. A comunicação científica é uma poderosa ferramenta de gestão de áreas classificadas, a participação na gestão por entidades regionais, beneficia o envolvimento de municípios, instituições de ensino superior, organizações não governamentais e stakeholders, intervindo no desenvolvimento territorial sustentável, com responsabilidades na promoção, sensibilização e comunicação.Este estudo apresentará um vídeo introdutório exemplificador da estratégia de comunicação do Parque Natural das Serras D'Aire e Candeeiros, adaptável a outras áreas protegidas como estratégia de turismo. Conclui-se que a comunicação em áreas naturais classificadas deve ser regida pelo mesmo rigor e qualidade exigidos em ciência sem perder o interesse necessário pela sua comunicação efetiva e eficiente, para se obter turismo de qualidade.
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