Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de O "Longo Braço" do Regime Nazi na Madeira, 1933–1939. O Caso do Cônsul Alemão Emil Gesche

Mathias Saecker

  • English

    During the Hitler regime, Emil Gesche represented the German Reich in Madeira as an honorary consul. Together with Gilbert Schnitzer, his Jewish partner, he ran a company, importing commodities mainly from Germany. The dual role of merchant and consul allowed him privileged access to business contacts in Germany, giving rise to complaints from German merchants in Madeira.From 1933 onwards, some of these competitors became affiliated to the NSDAP’s Organisation Abroad and hid the economic conflict behind ideological issues, accusing Gesche of defending positions incompatible with the policy of the Nazi regime in Germany. Although the consul endeavoured to disprove his opponents, he was stigmatised because of his business partnership with a Jew. After prolonged controversies, Gesche managed to maintain his position as consul, but ultimately failed as a businessman due to the economic pressure exerted by the state authorities and the NSDAP on his German business partners to cut relations with him. He therefore lacked the available capital to dissolve the company Gesche & Schnitzer, so that he finally had to consent to the forced liquidation.

    Keywords:

    Germans in Madeira; Nazi Organisations; Antisemitism; Portuguese-German Trade; Honorary Consulate.

  • português

    Na época do regime hitleriano, Emil Gesche representou o Reich alemão na Madeira, como cônsul honorário. Juntamente com Gilbert Schnitzer, o seu sócio judeu, dirigiu uma empresa de importações, provenientes principalmente da Alemanha. O duplo papel de comerciante e de cônsul permitiu-lhe um acesso privilegiado a contactos comerciais na Alemanha, dando origem a queixas de negociantes alemães na Madeira.A partir de 1933, alguns desses concorrentes afiliaram-se na Organização para o Exterior (AO) do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) e dissimularam o conflito económico numa questão ideológica, acusando Gesche de defender posições incompatíveis com a política do regime nazi. Embora o cônsul se tenha empenhado em refutar os seus adversários, ficou estigmatizado por causa da parceria comercial com um judeu. Depois de controvérsias prolongadas, Gesche conseguiu manter a sua posição como cônsul, mas acabou por falhar como empresário devido à pressão económica exercida pelas autoridades estatais e pelo NSDAP sobre os seus parceiros comerciais alemães para cortarem as relações de negócios com ele. Tendo-lhe faltado o capital disponível para dissolver a sociedade Gesche & Schnitzer, acabou por consentir na liquidação forçada da mesma.

    Palavras-chave:

    Alemães na Madeira; Organizações Nazis; Antissemitismo; Comércio Luso-Alemão; Consulado Honorário.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus