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“Nova Madeira”? Notas e Reflexões para o Estudo da História da Colonização Madeirense no Planalto da Huíla (Angola), 1884-1975

  • Autores: Fernando Tavares Pimenta
  • Localización: Arquivo Histórico da Madeira, ISSN 2184-5743, Nº. 5, 2023, págs. 503-536
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • “New Madeira”? Notes and Considerations for the Study of the History of Madeiran Colonization in the Huíla Highlands (Angola), 1884-1975
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      This article analyzes the history of Madeiran colonization in the Huíla Plateau, in Southern Angola, in the period between 1884 and 1975. More specifically, it seeks to reflect on the historical evolution of the white colonial nucleus created by Madeirans in the Huíla Highlands, in particular in the town of Lubango, taking into account economic, social and political aspects, embodied in the formation of a community strongly rooted in African soil, whose identity, interests and horizons were fully situated in Africa. In this respect, the Madeiran settlers not only revealed a unique ability to adapt to the African reality, but also shaped it, having transplanted to the plateau certain features of their original material and spiritual experience on the Island of Madeira, such as the construction of levadas, carrying out an agriculture based on irrigated polyculture or the devotion to Nossa Senhora do Monte, even today, one of the main references of Catholicism in Southern Angola. On the other hand, the good adaptation to the African reality and the isolation suffered by the settlers during the first four decades of settlement created the conditions for the Africanization of this white colonial community, a unique case in the history of Portuguese colonization in Angola. Called chicoronhos, both by blacks and whites, the Madeiran settlers and their descendants were considered, already in the late 1920s, as constituents of a new “white tribe” of Huíla. This Africanization resulted, among other things, in the assumption of a nationalist stance, favorable to the independence of Angola, within the larger framework of Euro-African nationalism and which had its main exponent in the foundation of the Angolan United Front. However, the botched decolonization process and the violence triggered by the Angolan civil war led to the exodus of the majority of the white population from the Huíla plateau in 1975, putting an end to the colonization process of the Huíla Highlands.

      Keywords:

      Angola; Huíla; Settler Colonialism; Decolonization; Euro-African Nationalism; Madeira.

    • português

      Este artigo analisa a história da colonização madeirense no Planalto da Huíla, no Sul de Angola, no período compreendido entre 1884 e 1975. Mais concretamente, procura reflectir sobre a evolução histórica do núcleo colonial branco criado pelos madeirenses nas Terras Altas da Huíla, em especial na cidade do Lubango, tendo em consideração aspectos económicos, sociais e políticos, consubstanciados na formação de uma comunidade fortemente enraizada em solo africano, cuja identidade, interesses e horizontes se situavam plenamente em África. A este respeito, os colonos madeirenses não só revelaram uma singular capacidade de adaptação à realidade africana, como também a moldaram, tendo transplantado para o planalto certos aspectos da sua vivência material e espiritual original na Ilha da Madeira, sendo disso exemplos a construção de levadas, a realização de uma agricultura baseada na policultura de regadio ou a devoção a Nossa Senhora do Monte, cujo complexo por eles erigido no Lubango constitui, ainda hoje, uma das principais referências do catolicismo no Sul de Angola. Por outro lado, a boa adaptação à realidade africana e o isolamento de que os colonos foram vítimasdurante as primeiras quatro décadas do povoamento criaram as condições para a africanização dessa comunidade branca colonial, caso único na história da colonização portuguesa em Angola. Designados de chicoronhos, tanto por negros, como por brancos, os colonos madeirenses e seus descendentes eram tidos, já nos finais da década de 1920, como constituintes de uma novel “tribo branca” da Huíla. Esta africanização resultou, entre outras coisas, na assunção de uma postura nacionalista, favorável à independência de Angola, no quadro maior do nacionalismo euro-africano e que teve o seu principal expoente na fundação da Frente de Unidade Angolana. Porém, o atabalhoado processo de descolonização e a violência espoletada pela guerra civil angolana conduziu ao êxodo da maioria da população branca do planalto huílano em 1975, colocando um ponto final no processo de colonização das Terras Altas da Huíla.

      Palavras-chave:

      Angola; Huíla; Colonização; Descolonização; Nacionalismo Euro-Africano; Madeira.


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