O romance Lacci (2014), do italiano Domenico Starnone foi agraciado, em 2017, com o Bridge Book Award, premiação que visa reforçar o entendimento mútuo entre a Itália e os Estados Unidos da América. O prêmio, que tem como principais apoiadores o Instituto Cultural Italiano de Nova York e a Federazione Unitaria Italiana Scrittori, é oferecido anualmente a um romance italiano contemporâneo ou a uma coleção de histórias, que mediante premiação é traduzido para o inglês. Diante disso, Starnone convidou diretamente Jhumpa Lahiri para traduzir a referida obra, tendo seu convite aceito pela escritora. Essa tradução realizada por Lahiri recebeu o título de Ties (2017) em língua inglesa e obteve de imediato a aprovação da crítica, passando a figurar em diversas listas de indicação de melhores obras. A autora, que já havia conquistado seu lugar no panteão literário pela qualidade de sua vasta escrita, abrangendo contos e romances, passou, então, a ser reconhecida, no círculo literário, também enquanto tradutora. Neste artigo, portanto, pretendo discorrer sobre a relação de Lahiri com tradução e sobre sua atuação como tradutora de Ties, a partir de um diálogo com o que a própria autora expressa sobre estes temas, principalmente em Translating Myself and Others (2022).
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados