A formação educacional das crianças na antiguidade tardia: João Crisóstomo e a defesa da escola monástica

• Silva, Gilvan Ventura da ^[1]
  1. [1] Universidade Federal do Espírito Santo-UFES
• Localización: Romanitas, Revista de Estudos Grecolatinos, ISSN-e 2318-9304, Nº. 16 (julho-dezembro), 2020, págs. 160-189
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The educational training of children in late antiquity: John Chrysostom and the defense of the monastic school
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  • English

    In this article, we intend to examine the John Chrysostom’s ideas regarding the educational formation of children between 380 and 386, when he was a deacon of the Antiochene congregation, after living for six years in the company of the monks who dwelled on the Mt. Silpius. In such occasion he could acquire in loco knowledge about the monastic lifestyle. In order to do that, we analyse the Chrysostom’s arguments exposed in Adversus oppugnatores vitae monasticae, a treatise in which the author not only stands up for the monasticism, but settle the tenets of a Christian pedagogy according to which the parents should let the formation of their children in the monks’ hands instead of sending them to the school of the rhetors and grammarians, whereas the monks were the only ones capable of converting children into honourable men. Eventually, the Chrysostom’s ideas reveal a struggle against the classical school, whose curriculum was based on rhetoric and oratory, pivots of the paideia, but considered useless by him.

  • português

    Neste artigo, pretendemos examinar a proposta de formação educacional das crianças formulada entre 380 e 386 por João Crisóstomo, quando ocupava o cargo de diácono da congregação de Antioquia, após ter vivido por seis anos na companhia dos monges do Monte Sílpios, ocasião em que travou contato in loco com a vida monástica. Para tanto, analisamos os argumentos de João contidos na obra Adversus oppugnatores vitae monasticae, na qual o autor, ao mesmo tempo que empreende uma defesa incondicional do monacato, estabelece os princípios de uma pedagogia cristã segundo a qual os pais deveriam confiar a educação de seus filhos, não aos rétores ou gramáticos, mas aos monges, os únicos habilitados a fazer deles indivíduos honrados, o que revela o seu estranhamento com a escola greco-romana, cujo currículo era baseado no aprendizado da retórica e da oratória, pedras angulares da paideia, mas tidas por ele como inúteis.