Esta pesquisa analisa os determinantes da quantidade de principais assuntos de auditoria (PAA) reportados nos relatórios de auditoria no período de 2016 a 2019 das empresas não financeiras listadas na B3. Aplicou-se o modelo longitudinal de regressão para dados em painel - Log-Linear de Poisson, para uma amostra anual de no mínimo 272 companhias, resultando em 1.198 relatórios e 3.295 PAA (variável dependente), considerando como variáveis explicativas os aspectos do auditor, do auditado e mecanismos de governança corporativa. Os achados demonstram que ser auditado por big four está negativamente associado ao quantitativo de PAA. Isso pode ocorrer devido as big four ou não relatarem mesmo número médio de PAA por companhia. Auditores de empresas maiores, menos rentáveis e, com maior risco operacional divulgam mais PAA, provavelmente visando assegurar sua independência. Os comitês de auditoria não foram estatisticamente significativos, não impactando na quantidade de PAA reportados. Os resultados contribuem com a literatura sobre fatores que afetam a divulgação de PAA em um contexto não europeu (Bepari et al., 2022) com quatro anos de dados, e às empresas, auditores e órgãos de regulação e supervisão, por meio da regressão multinível de Poisson, que é uma abordagem adequada para dados de contagem estruturados em clusters de observações relativamente similares (painéis). Isso avança os estudos de Ferreira e Morais (2020) e Guedes et al. (2021) que utilizaram ordinary least squares (OLS) e Colares et al. (2020) que empregou o teste Qui-quadrado em análises de um ou dois anos de características que tendem a estabelecer a quantidade de PAA no Brasil.
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