Following closely the media itinerary and inscribed in the social networks of a patrimonialisation process- Caretos de Podence - whose triumphant outcome with the Unesco committee, in 2019, placed this winter masked festival in the world scenario of Intangible Cultural Heritage. The Caretos de Podence emerge in ethnographic literature as a boys’ rite of passage that in an extremely effective process of heritagization and solidified by a local association, with strong media investment, in articulation with the local and regional political power and in collaboration with researchers and academics, gradually projects itself in an itinerary of inscription and cultural objectification of very significant dimensions. From regional symbol to flag of Portuguese culture, the rite of passage gives way to a large-scale process of touristification, mercantilization of the festival and objectification of heritage. In a period when the mask has become a feature of our daily life, for pandemic reasons, what do these mediatized narratives, spread on social networks, mean? What does «we are all Caretos» mean after all?
Seguindo de perto o itinerário mediático e inscrito nas redes sociais de um processo de patrimonialização– Caretos de Podence – cujo desfecho triunfante junto do comité da Unesco, em 2019, colocou esta festa de mascarados de Inverno no cenário mundial do Património Cultural Imaterial. Os Caretos de Podence emergem na literatura etnográfica como um ritual de passagem de rapazes que num processo de patrimonialização extremamente eficaz e solidificado por uma associação local, com forte investimento mediático, em articulação com o poder politico local e regional e em colaboração com investigadores e académicos, se projeta paulatinamente num itinerário de inscrição e objetificação cultural de dimensões muito significativas. De símbolo regional a bandeira da cultura portuguesa, o rito de passagem dá lugar um processo de turistificação, mercantilização da festa e objetificação patrimonial de larga escala. Num período onde a máscara se tornou um traço do nosso quotidiano, por motivos pandémicos, que significam estas narrativas mediatizadas e espalhadas nas redes sociais? O que significa afinal «somos todos Caretos»?
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