Em posse de informações ilegais, uma pequena multidão se empilhava como helmintos em frente à porta da maternidade pública para onde a criança de 10 anos, grávida em decorrência de estupro precisou se deslocar para interromper a gestação. Rezavam, oravam, suplicavam para que a criança não tivesse direito a interromper a gestação. Obstruíram o funcionamento do serviço, impedindo outras mulheres, muitas gestantes, de entrarem na unidade. Como descrito por Debora Diniz, mesmo recoberta pela legislação, já era uma clandestina, que após viajar do seu estado para outro, precisou entrar no serviço no porta-malas de um carro. A pequena multidão que orava para a criança não ter direito à própria vida fora organizada por políticos locais e ameaçava contra a vida da criança.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados