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Filosofia e disposição afetiva em "O que é isto - a Filosofia?" de Martin Heidegger

  • Autores: Olavo De Salles
  • Localización: Revista Diaphonía, ISSN-e 2446-7413, Vol. 6, Nº.1 1, 2020 (Ejemplar dedicado a: Diaphonía, v. 6, n. 1, 2020), págs. 207-214
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • O texto tem o propósito primário de expor a concepção de filosofia expressa pelo pensador alemão Martin Heidegger na conferência “Que é isto – a filosofia”, de 1955. O percurso exige apresentar alguns conceitos heideggerianos ali pressupostos, principalmente o de “disposição afetiva” (Befindlichkeit), que remonta a Ser e tempo (1927). Esse conceito indica uma estrutura ontológica própria do ser-aí (Dasein), ente “que nós mesmos somos”; enquanto tal, tem caráter originário. Trata-se da afinação prévia a toda experiência, que se vela sempre e toda vez na abertura dos humores particulares. Um dessas afinações do humor vê-se no espanto (thaumázein), fundamento do comportamento filosófico, segundo Platão e Aristóteles. Cabe mostrar, desse modo, como o espanto constitui-se como ‘humor’, e investigar, a partir do resultado, se a afinação pelo espanto se dá de forma universal, acometendo-nos ainda e sempre como motivo do filosofar, ou se é algo particular aos gregos. Indicam-se já, desse modo, a importância do conceito de disposição afetiva para a compreensão da conferência e, simultaneamente, a pergunta pelo sentido e medida em que “Befindlichkeit”, em uma de suas modalidades fundamentais, esclarece o comportamento filosófico.


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