Ricardo Rodrigo França Da Silva, Mirian Izolina Padoin Dalla Rosa
A presente pesquisa estuda um dos conceitos principais da psicanálise, a saber, a pulsão. Esse conceito sofreu diversas modificações ao longo de sua elaboração, durante a pesquisa clínica de Freud, o pai da psicanálise, não tendo sido totalmente deslindado por ele. Desde a sua morte, afloraram diversas conjecturas acerca de sua concepção de pulsão, que, não raramente, implicam em erros teóricos e, conseguintemente, metodológicos. Freud também não estava seguro sobre esse conceito ao formulá-lo, visto que, inicialmente, havia apenas algo análogo a pulsão de vida, associada, no Projeto, ao princípio de constância. Por vezes, considerou que a pulsão de morte seria a primeira pulsão ou pulsão por excelência. Tais imprecisões dificultaram a compreensão desse conceito e continuam a confundir os estudiosos que iniciam na psicanálise. Desse modo, a pesquisa tem como objetivo geral explicitar os modos limitados de representar a pulsão, a saber, como unidade, dualidade, multiplicidade, o que implica, portanto, nos seguintes objetivos: a) Explicitar como efetivou-se a concepção do conceito de Pulsão; b) descrever o desenvolvimento da concepção acerca da pulsão como multiplicidade – pulsões parciais – à pulsão de vida; c) destacar os limites da linguagem descritiva como meio de representar a pulsão –pulsão de morte. Para tanto, utilizar-se-á como método a revisão bibliográfica. Considera-se que a pulsão é uma unidade, por um lado, ao mesmo tempo em que é dualidade e multiplicidade, mas, também, por ser semovente, não pode ser – tal como a morte – totalmente representada, tanto no plural quanto no modo singular.
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