Objetivo: estudiar las representaciones textuales y visuales producidas por el diario chileno Clarín (1954-1973) respecto de hombres, mujeres y homosexuales, catalogados de anormales y definidos y caracterizados de acuerdo con una supuesta peligrosidad hereditaria, la primacía del instinto antes que de la razón en sus conductas y una sexualidad percibida como perversa y contraria al orden social y moral. Metodología: a través de un análisis de contenidos y un estudio de casos que formaron parte de la crónica policial o crónica roja del matutino durante el período en estudio, se examina la fabricación y naturalización de estereotipos y prejuicios mediante el uso de estrategias periodísticas como la reiteración, la saturación y la orquestación de textos e imágenes. Originalidad: se aborda un contexto muy poco explorado desde la perspectiva de los estudios sobre las diferencias conductuales y sexuales y del papel de la prensa en la fabricación de etiquetas sociales, prejuicios y violencias contra personas y grupos. Conclusiones: el diario examinado no fue solo un suministrador de informaciones, sino también un protagonista del período, con su particular manera de acercarse a la comprensión y construcción de la realidad, justificando valores y prácticas moralistas y hegemónicas, a pesar de su perfil popular, desafiante y antioligárquico. Sus construcciones de sentido aún mantienen cierta vigencia en la actualidad y muestran tanto la historicidad como la contingencia del tema.
Objetivo: estudar as representações textuais e visuais produzidas pelo jornal chileno Clarín (1954-1973) de homens, mulheres e homossexuais classificados como anormais, definidos e caracterizados com base em uma suposta perigosidade hereditária, a primazia do instinto sobre a razão em seu comportamento e uma sexualidade percebida como perversa e contrária à ordem social e moral. Metodologia: através de uma análise de conteúdo e um estudo de caso que fizeram parte da crônica policial (“crónica roja”) do jornal da manhã durante o período em estudo, examinamos a fabricação e naturalização de estereótipos e preconceitos através do uso de estratégias jornalísticas como a reiteração, saturação e orquestração de textos e imagens. Originalidade: aborda um contexto que tem sido pouco explorado sob a perspetiva de estudos sobre diferenças comportamentais e sexuais, e o papel da imprensa na fabricação de rótulos sociais, preconceitos e violência contra indivíduos e grupos. Conclusões: o jornal examinado não era apenas um fornecedor de informações, mas também um protagonista do período devido a sua forma particular de abordar a compreensão e construção da realidade, justificando valores e práticas moralistas e hegemônicos, apesar de seu perfil popular, desafiador e antioligárquico. Suas construções de significado são ainda hoje relevantes e mostram o tanto a historicidade como a contingência do assunto.
Objective: To study the textual and visual representations produced by the Chilean newspaper Clarín (1954-1973), regarding men, women, and homosexuals classified as abnormal, defined and characterized on the basis of an alleged hereditary dangerousness, the primacy of instinct rather than reason in their behavior, and a sexuality perceived as perverse and contrary to social and moral order. Methodology: Based on a content analysis and a case study, which were part of the newspaper’s police chronicle (crónica roja) during the period of study, we examine the fabrication and naturalization of stereotypes and prejudices through journalistic strategies such as reiteration, saturation, and orchestration of texts and images. Originality: The article addresses an underexplored context from the perspective of studies on behavioral and sexual differences and the role of the press in the fabrication of social labels, prejudices, and violence towards individuals and groups. Conclusions: The newspaper examined was not only a supplier of information but also a protagonist at the time due to its way of approaching the understanding and construction of reality, justifying moralistic and hegemonic values and practices, despite its popular, defiant, and anti-oligarchic profile. Its constructions of meaning preserve certain actuality, showing both the historicity and the contingency of the subject.
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