Brasil
Avaliações das estimativas de disponibilidade hídrica quantitativas se relacionam às gestões territorial de bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, e contribuem para o entendimento da segurança hídrica destes espaços, podendo, ainda, orientar práticas de conservação do solo e água, avaliações e monitoramentos quali-quantitativos. Por consequência, a partir de métodos desta estimação, é possível avaliar os aspectos das demandas hídricas e quais as suas dinâmicas, sobretudo, no território das bacias hidrográficas e de conjuntos de municípios. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), porção central de Minas Gerais, é composta por 34 municípios, contidos, majoritariamente, nas Circunscrições Hidrográficas das bacias dos rios das Velhas (SF5) e Paraopeba (SF3), pressionadas quanto às demandas múltiplas pelos recursos hídricos, incluindo a preponderância do abastecimento público, dos usos industriais e para a mineração. Este estudo objetivou estimar a demanda e disponibilidade hídricas no recorte da RMBH inserido na SF5, avaliando 21 municípios e 12 Unidades Territoriais Estratégicas do Comitê desta bacia. Promoveu discussão regional sobre a disponibilidade, a partir de dados dos usuários de água até novembro/2019. Os cálculos foram baseados no método da avaliação da demanda e disponibilidade hídrica proposto por Semad e Seapa (2016), tendo sido encontrados 9,86% dos trechos em estado de atenção, 57,34% em indisponibilidade, considerando somente os trechos com captação. Os resultados da aplicação deste modelo foram, posteriormente, avaliados à luz da comparação da evolução e distribuição espacial dos usos da terra (entre 1998-2018), em observância, sobretudo, à espacialidade dos trechos com captação, em relação ao crescimento urbano e usos preponderantes. No entanto, estes resultados se mostraram conservadores diante da perspectiva do uso da terra e do ano hidrológico que competiu ao modelo, sinalizando que a metodologia deveria ser, primordialmente, empregada conectada a outras análises. Diante do modelo e seus resultados, refletiu-se sobre a responsabilidade frente às respostas de aplicações como estas, vínculos à gestão das águas e sobre as potencialidades e limitações destas estimativas, quando empregadas, sobretudo no ambiente técnico-científico das Geociências.
Assessments of quantitative water availability estimates are related to territorial management of watersheds and water resources and contribute to the understanding of water security in these spaces, and may also guide soil and water conservation practices, qualitative-quantitative assessments and monitoring.
Consequently, based on methods of this estimation, it is possible to assess aspects of water demands and their dynamics, especially in the territory of hydrographic basins and groups of municipalities. The Metropolitan Region of Belo Horizonte (RMBH), central part of Minas Gerais, is composed of 34 municipalities, mostly contained in the Hydrographic Circumscriptions of the basins of the Velhas (SF5) and Paraopeba (SF3) rivers, pressured by the multiple demands by the water resources, including the preponderance of public supply, industrial uses and mining. This study aimed to estimate the water demand and availability in the RMBH cutout inserted in the SF5, evaluating 21 municipalities and 12 Strategic Territorial Units of the Committee of this basin. Promoted regional discussion on availability, based on data from water users up to November/2019. The calculations were based on the method of assessing water demand and availability proposed by Semad and Seapa (2016), with 9.86% of the stretches in a state of attention, 57.34% in unavailability, considering only the stretches with catchment. The results of the application of this model were later evaluated in the light of the comparison of the evolution and spatial distribution of land uses (between 1998-2018), in compliance, above all, with the spatiality of the stretches with catchment, in relation to urban growth and uses prevailing. However, these results proved to be conservative from the perspective of land use and the hydrological year that competed for the model, signaling that the methodology should be primarily used in connection with other analyses. In view of the model and its results, a reflection was made on the responsibility facing the responses of applications such as these, links to water management and on the potential and limitations of these estimates, when used, especially in the technical-scientific environment of Geosciences.
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