O texto analisa a natureza do totalitarismo segundo H. Arendt. O totalitarismo representa uma forma inédita de governo. Para definir sua natureza, Arendt parte da tipologia de Kant e de Montesquieu acerca das formas de governo, que busca definir a essência, o princípio de ação e a experiência comum que as caracterizam. Ela conclui que o totalitarismo tem o terror como essência, visto que esse se torna um instrumento permanente. A ideologia torna-se o princípio de ação que aliena os indivíduos da realidade e cria um mundo fictício onde todos deve se adequar ao papel de vítimas ou carrascos. Já a experiência comum Arendt a vincula à experiência de desolação e superfluidade das massas modernas, cujo desamparo significa que não têm um lugar reconhecido no mundo das relações sociais.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados