Brasil
The article analyzes the intersemiotic translation of the novel O Guarani, by José de Alencar, into the opera by Carlos Gomes, Il Guarany, in relation to the songs, specifically the arias that come to life in the voices of Peri and Ceci, the main characters. The methodology consists of the presentation of the lyrics of the songs in the libretto, analyzing how the texts, in the song and in the novel, express the authors' ideas using different sign systems. It is observed that the text of the song, designed to be translated into rhythm, voice, drama and music, in an intersemiosis between the sign systems that are part of the opera, aims to achieve the expression of the author's ideas and provoke responses in the receiver similar to those obtained by the text of the novel, or even more intense, considering that music can increase the individual's sensitivity. It is concluded that, as a multi-signal system, the reception of the song requires the participation of multiple senses, a process that is impregnated with the subjectivity of the author/creator and the receiver, as well as conforming aspects of the environment where the work takes place. Performance is highlighted as essential in the realization of the songbook idea, since, at each performance, there will be a new song.
O artigo analisa a tradução intersemiótica do romance O Guarani, de José de Alencar, para a ópera de Carlos Gomes, Il Guarany, em relação às canções, especificamente as árias que ganham vida nas vozes de Peri e Ceci, os personagens principais. A metodologia consiste na apresentação das letras das músicas do libreto, analisando como os textos, na canção e no romance, expressam as ideias dos autores utilizando sistemas de signos diversos. Observa-se que o texto da canção, elaborado de forma a ser traduzido em ritmo, voz, dramatização e música, numa intersemiose entre os sistemas de signos que fazem parte da ópera, objetiva alcançar a expressão das ideias do autor e provocar no receptor respostas semelhantes às obtidas pelo texto do romance, ou até mais intensas, considerando que a música pode ampliar a sensibilidade do indivíduo. Conclui-se que, como um sistema multissígnico, a recepção da canção requer participação de múltiplos sentidos, processo esse impregnado da subjetividade do autor/criador e do receptor, bem como de aspectos conformadores do meio onde se efetiva a obra. Ressalta-se a performance como essencial na concretização da ideia do cancioneiro, visto que, a cada apresentação, ter-se-á uma nova canção.
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