This article addresses the question of the relations between home and workplace for the working class of Paris. French historiography today seems to take it for granted that at a time when the working day was very long and means of transport non-existent or prohibitively expensive, the worker and his family inevitably lived in the immediate vicinity of the workplace. In reality, this was not the case and many workers had always had to walk long and tiring distances every day. A truer picture then is one of different situations co-existing at the same time: for some, work space and dwelling space were one and the same; for others, the home was as far removed from the workplace as public transport would allow. This variety of situations results from the diversity of industrial activities in Paris and from individual choices or choices negotiated within the family. This article also constitutes a plea for a social history of transport, concentrating on its uses (or non-uses); up to now, in the study of transport systems, attention has primarily focused on the political decisions underpinning them.
Cet article traite de la question des rapports entre Ie domicile et Ie travail dans la classe ouvriére parisienne. Aujourd'hui l'historiographie française affirme comme une évidence qu'à une époque ou la journée de travail était tres longue et les moyens de transport inexistants ou inaccessibles, l'ouvrier et sa famille se logeaient forcément à deux pas de l'atelier. En fait, un hiatus a toujours existé, contraignant beaucoup à des marches quotidiennes harassantes. Il convient de penser qu' au même moment co-existent une variété de situations allant de la co'incidence spatiale à l'éloignement maximum autorisé par les transports. Cette variété tient à la diversité des industries ellesmêmes, aux choix opérés par les individus et aux équilibres familiaux. Cet article plaide aussi pour une histoire sociale des transports centrée sur leur usage (ou leur non-usage), alors que jusqu'ici l'attention a été portée sur la seule décision politique.
Este artigo aborda a questão das relações entre domicílio e trabalho na classe operária parisiense. Actualmente, a historiografia francesa afirma como uma evidência que numa época em que a jornada de trabalho era muito longa e os meios de transporte inexistentes ou inacessíveis, o operário e a sua família habitavam obrigatoriamente perto do local de trabalho. De facto, existiu sempre um hiato, obrigando muitos a longas caminhadas diárias. É necessário pensar que num mesmo momento coexistem uma variedade de situações que vão da coexistência espacial ao máximo distanciamento permitido pelos transportes. Esta variedade respeita à diversidade das próprias indústrias, às opções tomadas pelos indivíduos e aos equilíbrios familiares. Este artigo advoga uma história social dos transportes centrada na sua utilização (ou não utilização), quando até hoje a atenção tem recaído unicamente sobre a decisão política.
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