O Anjo e o serafim. Neoplatonismo na legenda maior de Boaventura

• Rossatto, Noeli Dutra ^[1]
  1. [1] Universidade Federal de Santa Maria

     Universidade Federal de Santa Maria

     Brasil

     
• Localización: Perspectiva Filosófica: PF, ISSN-e 2357-9986, ISSN 0104-6454, Vol. 49, Nº. Extra 1, 2022 (Ejemplar dedicado a: Número especial sobre Neoplatonismo - Fontes e Diálogos), págs. 318-342
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The Angel and the seraphim. Neoplatonism in the legenda maior of Bonaventure.
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• Resumen
  • English

    The Legenda maior of Bonaventure of Bagnoregio (1221-1274) became the official narrative of the life of Francis of Assis (1182-1226) in ecclesiastical circles, especially among the Franciscans. The text written shortly after Bonaventure assumed as General Minister of the Franciscan Order, amid polarized disputes between the conventuals and the spirituals, the secular clergy and the new monastics orders. Critical literature asserts that the Legenda maior takes the side of the Conventual Franciscans and the historical and political figure of Francisco gives way to that of the contemplative mystic. Our hypothesis is that the Legenda maior incorporates two tendencies of Neoplatonism in force at the time, which direct the narration of Francis life and the mission of his newly created order. The trend of Neoplatonism incorporated by Joachim of Fiore (1135-1202) supports the prophetic and political Franciscanism of the spirituals, aimed at the historical realization of the figure of the Angel who bears the seal of the living God. The other trend affirms the Neoplatonism of Dionysius Pseudo-Areopagite (s. VI) in which the mystical Francis ascends to the highest step of the angelic spheres, transforming in to a winged Seraphim.

  • português

    A Legenda maior de Boaventura de Bagnoregio (1221-1274) é considerada a narrativa oficial da vida de Francisco de Assis (1182-1226) pelos meios eclesiásticos, especialmente os franciscanos. O texto foi escrito logo após Boaventura assumir como Ministro Geral da Ordem Franciscana, em meio às disputas polarizadas entre os conventuais e os espirituais, o clero secular e as novas ordens monásticas. Para a literatura crítica, a Legenda maior toma o partido dos franciscanos conventuais e a figura histórica e política de Francisco cede lugar à do místico contemplativo. Nossa hipótese é que a Legenda maior incorpora duas tendências do neoplatonismo, as quais direcionam a narrativa da vida de Francisco e a definição da missão de sua ordem recém-criada. A tendência do neoplatonismo incorporado por Joaquim de Fiore (1135-1202) embasa o franciscanismo profético e político dos espirituais, voltado para a realização histórica da figura de Francisco como o Anjo que traz o selo de Deus vivo. A outra tendência afirma o neoplatonismo de Dionísio Pseudo-Areopagita (s. VI), em que o Francisco místico ascende ao mais alto degrau das esferas angélicas, transformado em um Serafim alado.