Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de O Sputnik, a política e a arte contemporânea: Agamben, leitor de Arendt

Juliana Monteiro

  • português

    Em A condição humana, Hannah Arendt mapeia as três dimensões na qual a vita activa foi concedida ao humano na Terra e analisa, consequentemente, as três formas na qual a atividade humana poderia ser escandida: trabalho, obra e ação. A partir dessa investigação, a autora aloca seu conceito de obra de arte no campo obra, esfera na qual são produzidos, através da ação do homo faber, os artifícios que garantem a permanência dos seres humanos no mundo. Por sua vez, o conceito de política de Arendt, isto é, o modo pelo qual os homens se inscrevem na pólis, pertenceria ao espaço da ação. Desse modo, pretendo seguir a leitura de Giorgio Agamben, autor cujo pensamento é tributário da filósofa alemã, segundo a qual a obra de arte não tem a ver propriamente com um tipo de fabricação, modo de interpretar legado por uma perspectiva convencional, mas sim com uma atividade ética e política. Ao cruzar o pensamento desses dois autores, proponho defender a tese segundo a qual o conceito de política de Hannah Arendt em A condição humana é perfeitamente consoante com o modo como Agamben interpreta a arte na contemporaneidade, ou seja, menos como algo relacionado a um processo produtivo que vai ao encontro da sensibilidade do espectador – concepção herdada pela Estética moderna – e mais afim ao exercício de uma ação.

  • English

    In The Human Condition, Hannah Arendt explores the three dimensions in which the vita activa was given to man on Earth and thus analyzes the three ways in which human activity could be segmented: labor, work and action. From this research, the author allocates her concept of work of art in the field of work, a sphere in which, through the action of homo faber, the artifacts that guarantee the permanence of human beings in the world are produced. Moreover, Arendt's concept of politics, that is, the manner in which men step into the polis, would belong to the space of action. In this way, I intend to follow the reading of Giorgio Agamben, an author whose thought is tributary to the German philosopher, according to which the work of art does not have to do with a kind of fabrication, a way of interpreting bequeathed by a conventional perspective, but with an ethical and political activity. In crossing the thinking of these two authors, I intend to defend the thesis that Hannah Arendt's concept of politics in The Human Condition is perfectly consonant with the way Agamben interprets art in contemporaneity, that is, not as something related to a process productive that meets the sensitivity of the spectator -– notion inherited from modern Aesthetics – and closer to the exercise of an action.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus