Marina Maura de Oliveira, Edgard Cézar Nolasco
The work aims to discuss from a biographical-border comparative theorization about the presence of (inter)corporeity (Pessanha, 2018) of the bodies that act in the work A hora da Estrelas (2020) by writer Clarice Lispector. The idea is to perform a different reading, opposing the theoretical molds about the so-called “comparative literature”, traditional western/modern. To achieve the objective of the work, the theoretical basis employed is border biographical criticism (Nolasco, 2015), in addition to concepts such as epistemic disobedience (Mignolo, 2017); intercorporate (Pessanha, 2018) and detachment (Mignolo, 2017), will be fundamental for us to base our theoretical reflections on another epistemology, for example, that of the southern border, proposing that we be disobedient and detach ourselves from the concepts created to delimit corporeality , places, knowledge and cultures. From this, we approach our reflections considering the other bodies asconcepts of a cultural episteme, therefore, I focus on the practice of biographical-border comparative theorizing in order to "compare" the border bodies from the (inter)corporal inscription decolonial from the book The Hour of the Star in which the author supposedly warns us about the presence of the bodies of the author-narrator-character Rodrigo SM, the body of the protagonist Macabéa and the body of the author Clarice Lispector. In the wake of this, the exquisite work is the one that brings Clarice Lispector closer to existentialism, with its authorial/corporal inscription. Finally, among the theorists who support the adopted methodology, critics such as Walter Mignolo (2017), Edgar Cézar Nolasco (2015) and Juliano Pessanha (2018) stand out
O trabalho visa discutir a partir de uma teorização comparatista biográfica-fronteiriça sobre a presença da (inter)corporeidade (Pessanha, 2018) dos corpos que encenam na obra A hora da estrela (2020) da escritora Clarice Lispector. A ideia é realizar uma leitura outra, contrapondo aos moldes teóricos acerca da “literatura comparada” dita, tradicional ocidental/moderna. Para alcançar o objetivo do trabalho, a base teórica empregada é a crítica biográfica fronteiriça (Nolasco, 2015), além dos conceitos como desobediência epistémica (Mignolo, 2017); intercorporeidade (Pessanha, 2018) e desprendimento (Mignolo, 2017), serão fundamentais para que embasemos nossas reflexões teóricas em uma epistemologia outra, a exemplo, a da fronteiriça-sul, propondo que sejamos desobedientes e nos desprendemos dos conceitos criados para delimitar as corporeidades, os lugares, os saberes e as culturas. A partir disso, abordamos nossas reflexões considerando os corpos outros como conceitos de uma episteme cultural, portanto, detenho-me na prática de teorização comparatista biográfica-fronteiriça a fim de pôr em “comparação” os corpos fronteiriços a partir da inscrição (inter)corporal descolonial do livro A hora da estrela em que a autora supostamente nos adverte sobre a presença dos corpos do autor-narrador-personagem Rodrigo S.M., o corpo da protagonista Macabéa e o corpo da autora Clarice Lispector. Na esteira disso, a primorosa obra é a que mais aproxima Clarice Lispector do existencialismo, com sua inscrição autoral/corporal. Por fim, entre os teóricos que embasam a metodologia adotada, sobressaem-se os críticos, como Walter Mignolo (2017), Edgar Cézar Nolasco (2015) e Juliano Pessanha (2018).
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