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Resumen de A pandemia de gripe de 1918-1919: um desafio à ciência médica no princípio do século XX

Helena Rebelo de Andrade, David Felismino

  • English

    The pneumonic influenza pandemic was, on a world scale, the deadliest of the entire 20th century. Between spring 1918 and April 1919, it raged in Portugal in three successive waves, with an irregular and unusual virulence, which were marked by an intense scientific debate. It happened at a time when the etiologic agent of influenza (the influenza virus) had not been identified and the antibiotics had not been discovered, launching numerous prophylactic and therapeutic challenges to national and international health authorities. In this article, some of these aspects are approached, based on medical literature of that period and the research developed later, trying to discuss some of the biological characteristics of the epidemic that may explain, in part, the seriousness of this epidemic phenomenon.

  • français

    La pandémie de grippe pneumonique fût, à l’échelle mondiale, la plus meurtrière de tout le vingtième siècle. Entre le printemps 1918 et avril 1919, elle a fait rage au Portugal en trois vagues successives, avec une virulence irrégulière et inhabituelle, qui ont été marquées par un intense débat scientifique. L’épidémie déflagra à un moment où l’agent étiologique de la grippe (le virus de la grippe) n’avait pas été identifié et les antibiotiques n›avaient pas été découverts, lançant de nombreux défis prophylactiques et thérapeutiques aux autorités sanitaires portugaises et internationales. Dans cet article, certains de ces aspects sont abordés, à partir de la littérature médicale de l’époque et des recherches plus récentes, en discutant certaines caractéristiques biologiques de l’épidémie qui pourraient expliquer, en partie, la gravité de ce phénomène épidémique.

  • português

    A pandemia de gripe pneumónica foi, à escala mundial, das mais mortíferas de todo o século XX. Entre a primavera de 1918 e abril 1919 grassou em Portugal, com uma virulência irregular e invulgar, em três ondas sucessivas, que estimularam um intenso debate científico. Aconteceu numa altura em que o agente etiológico da gripe (o vírus influenza) não tinha sido identificado e os antibióticos não tinham sido descobertos, lançando inúmeros desafios profiláticos e terapêuticos às autoridades sanitárias nacionais e internacionais. Neste artigo, abordam-se alguns destes aspetos, com base na literatura médica coeva e na investigação desenvolvida posteriormente, procurando discutir algumas características biológicas da epidemia que possam explicar, em parte, a gravidade deste fenómeno epidémico.


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