Por meio de mapas de movimento, técnica de pesquisa amplamente utilizada pela antropologia e pela sociologia urbanas norte-americanas, este artigo pretende demonstrar, a partir de investigações de natureza etnográfica, o estrangulamento e o isolamento físico a que vem sendo acometido o bairro da Lagoinha, na cidade de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais/Brasil, em decorrência das barreiras e das obstruções impostas tanto pelo complexo viário de mesmo nome quanto, mais recentemente, pela implantação do sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT) na Avenida Antônio Carlos. Esperase ainda, por meio de representações cartográficas, apresentar a região da Lagoinha como metonímia da matriz de cidade que o Projeto Nova BH poderá acarretar, obstruindo as passagens entre-bairros e impedindo a interação entre as pessoas em favor de cenários urbanos e interesses pouco afeitos à democracia, ao direito à cidade e ao dinamismo das sociabilidades urbanas que, pelo menos em tese, deveriam ser próprias à vida cotidiana numa grande cidade.
Through the movement maps, an important North American anthropology and sociology researching tools,the author intends to demonstrate, by means of etnography researches, how the Lagoinha neighborhood,in Belo Horizonte, has been affected by isolation and segregation processes, resulting from both the Lagoinha Highway Complex and Antonio Carlos Highway Bus Rapid Transit (BRT) obstructions. By meanscartography presentations, the author intends to show how the Lagoinha neighborhood can tipify whatthe Nova BH Project may causes to the whole city, affecting both the people free access to the streetsand pedestrians movement through different places, which means non democratic urban places and anenvironment do not conducive to the right to the city or its tipical conviviality, as well.
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