Brasil
O campo museal passou por reconfigurações nos seus pressupostos teóricos e práticos, a partir da década de 1980, e, permitiu a inserção de novas categorias de museus como Museu do Lixo, personagens, objetos e coleções. Inserida neste contexto, arte ambiental concebida como uma arte efêmera, em diálogo com novos movimentos artísticos, deu visibilidade a uma ampla gama de trabalhos e artistas como Richard Long, o casal Christo e Jeanne Claude e o brasileiro Vik Muniz, que fizeram e fazem uso de novas composições e linguagens no seu fazer artístico em espaços não tradicionais. É destacado o trabalho do artista Valdinei Marques, do Museu do Lixo de Florianópolis (SC) em diálogo com outros artistas que fazem uso de materiais descartados e objetos provenientes do lixo para a composição dos seus trabalhos artísticos. As reformulações no campo dos museus e campo do patrimônio permitem que o lixo da sociedade do consumo seja ressignificado e reconhecido como museália no Museu do Lixo. Quando o acervo já não é mais colocado numa avaliação que determina o seu grau de importância, tudo passa a ser digno de museu, o que não está isento de contradições e embates práticos e teóricos.
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