A discussão com a interpretação crítica da forma do caligrama em termos de um qualificativo desambiguador ou de uma repetição tautológica é possibilitada pela consideração do contexto vanguardista. Nos caligramas de Apollinaire a encenação do espaço sonoro e, antes de mais nada, da experiência da ausência, tem como seu objetivo questionar a cumplicidade da poética vanguardista com a violência. Indagando o enigma do representável e a emergência visual do objeto, os caligramas encenam o jogo com a métrica e a irradiação da voz. Ao convidar o leitor à subversão da verticalidade da leitura, os caligramas atualizam o problema da percepção das figuras ambíguas, propondo também uma nova compreensão da intertextualidade por meio da combinação das expressões prontas em criativos desarranjos.
The discussion with the critical interpretation of the calligramme form in terms of a qualifier which makes the sense unambiguous or a tautological repetition is made possible by the consideration of the avant-garde context. In Apollinaire’s calligrammes the staging of the sound space and, first of all, of the experience of absence, is used in order to question the complicity of avant-garde poetics with violence. Examining the enigma of the representable and the visual emergence of the object, the caligrams stage the game with the metric and irradiation of the voice. By inviting the reader to the subversion of the verticality of the reading, the caligrams update the problem of the perception of ambiguous figures, also proposing a new understanding of intertextuality by combining ready expressions in creative disarrays.
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