Este artigo objetiva apresentar o olhar de Agustín Zarzosa como uma forma de questionar o pretenso consenso de que a finalidade máxima do melodrama seja sempre a de evidenciar a virtude, o bem e o mal. Usando a pesquisa bibliográfica como a principal estratégia metodológica, apresenta-se a tese central de Zarzosa de que os modos melodramáticos têm por finalidade dar visibilidade e redistribuição ao sofrimento humano utilizando a dramatização moralizante da experiência como meio e não como um fim em si. O debate é estruturado em quatro partes: conceituação de modo melodramático, a tese central zarzosiana, o excesso como modo de troca e uma visão conjuntural. Por fim, atesta-se que a reiteração de aportes filosóficos (especialmente, hegelianos) tornam a obra zarzosiana demasiado hermética e especula-se que o desconhecimento do campo latino-americano dos estudos televisivos e cinematográficos acerca dele se dá, em grande medida, pela aridez referencial de autores e objetos empíricos latino-americanos não citados.
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