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Resumen de O megalitismo de xisto da Bacia do Sever(Montalvão – Cedillo)

Jorge de Oliveira

  • português

    Estudo das manifestações megalíticas da Bacia hidrográfica do Rio Sever, onde se têm individualizado dois grupos megalíticos:1.grupo megalítico no patamar granítico, com pequenas necrópoles agrupadas em torno de um maior monumento; 2.sepulcros de pequena dimensão, com múltiplos esteios de xisto e pobreza artefactual. Os trabalhos desenvolvidos nos monumentos de xisto permitem detectar uma especificidade arquitectónica: preparação prévia do solo, presença de múltiplos esteios sem esquemas pré-definidos, implantação dos esteios na vertical, raras coberturas, pouca diferenciação câmara-corredor (planta e alçado). Apesar destas diferenças, existe uma correspondência arquitectónica com as antas de granito em termos de tipologias de plantas: as diferenças arquitectónicas assentam fundamentalmente na distinta matéria-prima e nos constrangimentos das suas soluções arquitectónicas. As diferenças encontram-se também a nível dos espólios dos dois conjuntos. A evidência arqueológica parece indicar uma contemporaneidade dos grupos megalíticos usando o granito e o xisto, confirmada pelas datações obtidas para a anta da Joaninha. A explicação para o menor investimento energético na construção de monumentos de xisto é aqui perspectivada em termos do respectivo ambiente socio-económico. Enquanto no patamar granítico a diversidade de recursos e a intensificação da agricultura conduziu a uma complexidade social gerando comunidades organizadas que constróem grandes monumentos, as zonas de xisto com solos fracos e secos encontram-se tradicionalmente relacionadas com a pastorícia, gerando maior mobilidade e menor sedentarismo.

  • English

    This is a study of the megalithic structures of the lower Sever River, where two megalithic groups have been identified: 1. a megalithic group in the granitic landscape, with small burials grouped around a larger monument; 2.smaller burials, with multiple stelae made of schist, and poor in artifacts. Research conducted on the monuments made of schist allows us to detect an architectonic specificity: a preparation of the soil, the presence of multiple stelae without predefined schemas, the placing of vertical stelae, rare capstones, and little differentiation between the chamber and corridor (in plan and in profile). The differences are also found at the level of the artifactual remains of the two groups. Despite these differences, there exists an architectural correspondence with the monuments of granite in terms of the typology of the plans; the architectural differences occur fundamentally in the distinct raw material and in the constraints of its architectonic solutions. The archaeological evidence also appears to indicate a contemporaneity between the groups using the granite and the schist, which is confirmed by the dates obtained by the Anta da Joaninha. The explanation for the lower energy investment in the construction of the monuments of schist, relative to granite, is contextualized in terms of their respective socio-economic environments. While in the granitic landscape, the diversity of resources and the intensification of agriculture generated complex societies of organized communities which built large monuments, the zones of schist, with poor and dry soils, are found traditionally related with herding, which created greater mobility and less sedentism.


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