El artículo pretende brindar elementos para la discusión de tipo técnico/legislativo que suscita la incorporación del concepto “violencia de género” (VG) en legislación penal a partir de la sanción de la ley 26791 ante la ausencia de una definición normativa expresa. Para ello se revisa el marco normativo internacional y nacional que protege los derechos humanos de las mujeres para dar cuenta del surgimiento de la expresión “violencia de género” y el desarrollo teórico y político que la sustentan. Dicho análisis explicitará el vínculo de mutua implicancia entre VG y la discriminación por razones de género como así también el rol de los estereotipos de géneros su perpetuación y su sustrato ideológico particular. Concluye que, aunque VG no tenga una casuística cerrada, no significa que la tarea de aplicación del derecho a los casos concretos carezca de márgenes razonables y elementos que deben ser considerados a la hora de justificar una decisión. En definitiva, calificar ciertos hechos como VG implica entrar dentro de un debate abierto, en campo del discurso jurídico, por el sentido y alcance de un concepto que se vincula directamente con el modelo de sociedad que queremos vivir y las relaciones entre género que queremos sostener.
This article aims to shed light on the technical and legislative discussions of the concept of “gender violence”, a term incorporated in the Act 26791 in 2012, but which lacks an explicit definition. We review the national and international legal framework which protects the Human Rights of women in order to track the emergence of the term “gender violence” and the political and theoretical developments behind the term. This analysis aims to make the links between gender-based violence and discrimination explicit, as well as the role of gender stereotypes in the perpetuation of this violence and its ideological root. We conclude that, even though there is no closed and finished casuistry for gender violence, there are frameworks and reasonable margins within which the term can be applied to concrete cases, and there are elements to be considered in order to make an informed decision that is open to control and thus in agreement with the principle of criminal legality. Overall, labeling a certain fact as “gender violence” entails entering an open debate in the field of legal discourse due to the meaning of a term that is directly related to the type of society in which we wish to live.
O artigo pretende oferecer elementos para a discussão de tipo técnico/legislativo que suscita a ncorporação do conceito “violência de gênero” (VG) na legislação penal a partir da sanção da lei 26791 perante a ausência de uma definição normativa expressa. Para tanto, revisa-se o marco normativo internacional e nacional que protege os direitos humanos das mulheres para dar conta do surgimento da expressão “violência de gênero” e o desenvolvimento teórico e político que a sustenta. Tal análise fará explícito o vínculo de mútua implicação entre VG e a discriminação por razões de gênero, tal como o papel dos estereótipos de gênero em sua perpetuação e seu substrato ideológico particular. Conclui que, embora VG não tenha uma casuística fechada, não significa que a tarefa de aplicação do direito em casos concretos careça de margens razoáveis e elementos que devem ser considerados na hora de justificar uma decisão. Em definitiva, qualificar certos fatos como VG implica entrar em um debate aberto, em campo do discurso jurídico, pelo sentido e escopo de um conceito que se vincula diretamente com o modelo de sociedade que queremos viver e as relações entre gênero que queremos manter.
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