A criança pode, em seu contexto escolar, reproduzir uma situação de conflito familiar e ser tipificada como uma criança-problema. A partir das experiências vivenciadas pelas famílias das crianças tipificadas pela escola como problema, procurei compreender o tipo vivido familiar dessas crianças, tendo como fundamento a Fenomenologia Sociológica. Foram entrevistadas dezessete famílias, com no mínimo dois encontros com cada uma. Na procura do sentido da ação subjetiva das famílias, percebi como enfrentam problemas socioeconômicos múltiplos e que, dentro desses conflitos, procuram oferecer aos seus membros, suporte para enfrentar os desafios, e, encontram, também, alternativas para suportar tal realidade com anseios e aspirações. Verifiquei, neste estudo, que a criança-problema na escola é parte de uma família-problema e que, todos os profissionais, não só da área escolar, especificamente, mas da área da saúde, precisam intervir, indo além da criança e buscando atuar junto ao grupo familiar.
DOI:https://doi.org/10.15253/2175-6783.2005000300003
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