Luciana Trimano, Denise Mattioli
La presente investigación analiza las movilidades residenciales de la gran ciudad hacia pequeñas localidades con cualidades ambientales y paisajísticas; y su contracara, la especulación inmobiliaria que dicho desplazamiento acarrea. Con este fin, a partir del análisis de dos casos etnográficos situados en las sierras de Córdoba (Argentina), se indagan los discursos que moviliza la práctica del sector empresarial para alentar el arribo de metropolitanos a dichos escenarios e instalar como nicho de mercado el “vivir en la naturaleza”. Esta tendencia migratoria interna, que tiene sus orígenes hace aproximadamente cincuenta años, en el contexto de la crisis sanitaria del covid-19 se ha agudizado instalando preocupaciones locales con relación a los cambios radicales que se producen en los usos de suelo. Cambios que derivan en una serie de problemáticas sociales y ambientales que materializan un proceso que puede calificarse de extractivismo inmobiliario.
The current research analyses residential mobility from the big city to small towns with environmental and landscape qualities; and its counterpart, the real estate speculation that such displacement entails. For this purpose and based on the analysis of two ethnographic cases located in the mountain ranges of Córdoba (Argentina), discourses are investigated and which are mobilised by the practice of the business sector to encourage the arrival of metropolitan populations to these scenarios and install “life in nature” as a market niche. This internal migratory trend, which originated approximately fifty years ago, has become more acute in the surge of the covid-19 health crisis, raising local concerns about radical changes in land use. These changes result in a series of social and environmental problems that materialise a process that can be described as real estate extractivism.
Esta pesquisa analisa a mobilidade residencial da cidade grande para as pequenas cidades com qualidades ambientais e paisagísticas; e seu outro lado, a especulação imobiliária que esse deslocamento acarreta. Para tanto, a partir da análise de dois casos etnográficos localizados na serra de Córdoba (Argentina), são investigados os discursos empregados pela prática do setor empresarial para incentivar a chegada de metropolitanos a esses cenários e instalar como nicho de mercado o “viver na natureza”. Essa tendência migratória interna, que tem suas origens há aproximadamente cinquenta anos, intensificou-se no contexto da crise sanitária do covid-19, configurando preocupações locais em relação às mudanças radicais que ocorrem no uso da terra. Mudanças que levam a uma série de problemas sociais e ambientais que materializam um processo que pode ser descrito como extrativismo imobiliário.
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