Resumen de A resistência pelo dengo: um olhar sobre o conto “Abraço do espelho”

Fabiane Cristine Rodrigues, Luiz Henrique Silva de Oliveira

• português

  A partir do conto “Abraço do espelho”, de Cuti, publicado no livro “A pupila é preta” trazemos algumas reflexões sobre os modos como as diversas identidades assumidas pelos sujeitos textuais sofrem tensionamentos e são afetadas pelo racismo, bem como são estabelecidas dinâmicas de resistência e enfrentamento ao trauma que o racismo representa para a população negra. Para compreendermos alguns dos impactos das dinâmicas raciais nos indivíduos, nos valemos dos trabalhos de Fanon (2020) e Kilomba (2020); para percebermos os mecanismos sociais pelos quais o racismo opera, evocamos as produções de Borges (2019), Almeida (2019), Guimarães (2009) e Vergès (2020); a respeito da construção das identidades e do cabelo como um marcador identitário, trazemos os trabalhos de Hall (2006) e Guedes (2002); as ponderações a respeito da literatura e seu impacto na vida cotidiana passam pelos trabalhos de Cuti (2010), Dalcastagnè (2021) e Walter (2020); por fim, pensamos o conceito de dengo a partir da produção de Nunes (2017).

• English

  Starting from the story “Abraço do espelho”, by Cuti, published in the book “A pupila é preta”, we bring some reflections on the ways in which the different identities assumed by the textual subjects suffer tensions and are affected by racism, as well as the dynamics of resistance and coping with the trauma that racism represents for the black population.

  To understand some of the impacts of racial dynamics on individuals, we draw on the work of Fanon (2020) and Kilomba (2020); to understand the social mechanisms through which racism operates, we evoke the productions of Borges (2019), Almeida (2019), Guimarães (2009) and Vergès (2020); regarding the construction of identities and hair as an identity developer, we bring the works of Hall (2006) and Guedes (2002); the ponderations about literature and its impact on everyday life go through the pappers of de Cuti (2010), Dalcastagnè (2021) and Walter (2020); finally, we think about the concept of “dengo” from the production of Nunes (2017).