Este artículo explora la construcción del campesino en El cargador,de Víctor Zavala Cataño, la misma que forma parte de su libro Teatro campesino. A partir de la conocida idea de que el teatro campesino pone al campesino en el centro por primera vez en la historia de la dramaturgia peruana, analizaré cómo es construida esta representación. Para estos fines, el artículo explora análisis previos, entrevistas en profundidad realizadas a artistas escénicos y análisis de pieza. A partir de lo anterior, se propone que la representación del campesino en el contexto que nos ocupa persiste en construirlo como una víctima sin agen-cia, más específicamente, como aquel que desconoce su condición y no puede articular su malestar en una acción de cambio, lo que colabora con una matriz tutelar y paternalista que lo pone en la posición de un “otro”. Asimismo, el teatro campesino ignora las manifestaciones teatrales presentes en la fiesta andina y las representa como ajenas e inútiles para los campesinos y cargadores, a pesar de que estas pueden ser leídas como el espacio por excelencia de la teatralidad andina en el Perú. Asimismo, se explorará la relación entre campesino y uni-versidad propuesta por El cargador en que la segunda es presentada como poseedora del saber político necesario para la acción política campesina. De forma exploratoria, empezamos a pensar el teatro campesino como un fenómeno urbano y universitario.
Este artigo explora a construção do camponês em El cargador, de Víctor Zavala Cataño, a mesma que faz parte do libro Teatro campesino (Teatro Camponês). A partir da conhecida ideia de que o teatro camponês põe ao camponês no centro pela primeira vez na história da dramaturgia peruana, analisarei como essa representação é construída. Para tanto, o artigo explora análises prévias, entrevistas em profundidade realizadas a artistas cénicos e análises de peças. A partir do exposto, propõe-se que a representação do camponês no contexto em questão persiste em construí-lo como vítima sem agência, mais especifi-camente, como aquele que desconhece sua condição e não consegue articular seu mal-estar em uma ação de mudança, o que colabora com uma matriz tute-lar e paternalista que o coloca na posição de um “outro”. Da mesma forma, o teatro camponês ignora as manifestações teatrais presentes na festa andina e as representa como alheias e inúteis para os camponeses e carregadores, a pesar de elas puderem ser lidas como o espaço por excelência da teatralidade andina no Peru. Da mesma forma, explorar-se-á a relação entre camponês e universidade proposta por El cargador na qual esta última é apresentada como possuidora do saber político necessário para a ação política camponesa. De forma exploratória, começamos a pensar o teatro camponês como um fenô-meno urbano e universitário.
This article explores the construction of the peasant in the play El Cargador by Victor Zavala Cataño, which is part of his book Teatro Campesino [Peasant Drama Plays]. Elaborating from the so-known idea that the peasant drama brings the peasant into the spotlight for the first time in the history of the Peruvian playwriting, I examine how such representation is constructed. To do so, I explore previous studies, in-depth interviews to performing artists and analyses of plays. Next, I contend herein that the peasant representation in the described context is still intended to construct him/her as a victim without agency. More specifically, he/she is shown as a person who does not know his/her condition and is not able to articulate one’s actions while living in the ill-being in order to produce a change. It contributes to a subordinating and paternalistic matrix that keeps the peasant in the position of an “other”. In the same vein, the peasant drama plays ignore the performing expressions present in the An-dean festivities and show them as alien and useless to the peasants and mountain porters, despite such expressions can be understood as the space par excellence of the performing spirit in the Peruvian Andes. This work also explores the relationship between peasant and university as proposed in the play El cargador [The Mountain Porter] in which the latter is shown as the owner of the political knowledge neces-sary for the peasant political action. As an exploratory effort, this work starts to unveil the idea that the peasant drama play is an urban and college phenomenon.
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