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Resumen de Fabrice Hadjadj, leitor de autores italianos

João Pedro da Luz Neto, Bernardo Brandão

  • English

    The aim of this article is to show how the philosopher and essayist Fabrice Hadjadj develops the theological concept of Paradise in correlation with two Italian authors, namely Dante Alighieri and Lorenzo da Ponte. In the first case, Dante provides clues to the understanding of a notion of Paradise that goes beyond the criticisms of Friedrich Nietzsche. In the second, the author explores the concept of “redemption”, present in the opera “Don Giovanni”.

    After exposing the philosopher's interpretation in each case, we find that the reading of Dante promotes, for Hadjadj, a displacement of paradise from the outside to the interior and that Don Giovanni explains, according to Hadjadj, the redemptive dynamics of Paradise, as the invitation to maximum happiness is not the result of a personal achievement or the fulfillment of a moral precept, but a gift that comes from Above. Finally, we verify the transdisciplinary character of Hadjadj's reading of Da Ponte and Dante, considering them as authors whose works express deep realities that need to be unveiled and that can involve and help those who read the text contemporaneously.

  • português

    O presente artigo pretende mostrar como o filósofo e ensaísta de sobrenome árabe, origem judia e religião católica Fabrice Hadjadj se utiliza de dois autores italianos, a saber, Dante Alighieri e Lorenzo da Ponte, para aprofundar as suas reflexões sobre a noção de Paraíso. No primeiro caso, Dante fornece pistas para a compreensão de uma noção de Paraíso que ultrapasse as críticas de Friedrich Nietzsche. No segundo, o autor explora o conceito de “redenção”, presente na ópera “Don Giovanni”.

    Após a exposição da interpretação do filósofo em cada caso, constatamos que a leitura de Dante promove, para Hadjadj, um deslocamento do paraíso do exterior para o interior e que Don Giovanni explicita, segundo Hadjadj, a dinâmica redentora do Paraíso, à medida em que o convite à máxima felicidade não é fruto de uma conquista pessoal ou do cumprimento de um preceito moral, mas um dom que vem do Alto. Finalmente, constatamos o caráter transdisciplinar da leitura que Hadjadj faz de Da Ponte e Dante, considerando-os como autores cujas obras exprimem realidades profundas que precisam ser desveladas e que podem envolver e auxiliar àqueles que leem o texto contemporaneamente.


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