Esse artigo analisa a produção acadêmica das ciências sociais brasileiras sobre a te- mática “elites”. Pretende-se dar conta tanto das inovações quanto dos problemas e desafios que ainda persistem na produção brasileira sobre o tema. Trata-se, primeira- mente, de examinar os principais objetos, problemáticas teóricas e avanços metodo- lógicos dos estudos recentes sobre grupos dirigentes no Brasil. Em segundo, trata-se de apreender a dinâmica de acesso aos principais espaços de produção das ciências sociais no país, as concentrações regionais e as redes de pesquisadores vinculados ao tema. Tais resultados evidenciam a pertinência de uma agenda de pesquisa reflexiva que leve em conta as condições e características próprias de construção dos grupos dirigentes em situações como a brasileira e que recuse a utilização “dedutivista” e “reificante” de teorias, conceitos e metodologias importadas.
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