Vera Cruz, Portugal
Within the mare magnum of Sena’s poetry, the place occupied by haiku is undoubtedly discreet. Sena revisited the Japanese genre in his dual capacity of translator and poet, translating into Portuguese twenty poems by Bashô and later composing ten poems that he expressly classified as haikus. In this article, we propose to examine both the translations and the pastiches that the author wrote, seeking to justify the seduction that both the worldview and the constructive rigor underlying the poetic form have exercised upon him. In his pseudo-haikus, Sena, an accidental haijin, departed from a purely mimetic intent, opting instead for an ingenious ‘haikuisation’ of his own poetics.
No mare magnum da poesia de Jorge de Sena, o lugar ocupado pelo haicai é, sem dúvida, discreto. Sena revisitou o género japonês no seu duplo ofício de tradutor e poeta, vertendo para português vinte poemas de Bashô e, mais tarde, compondo dez poemas que expressamente classificou como haicais. Neste artigo, propomo-nos examinar as traduções e os pastiches compostos pelo autor, procurando justificar a sedução que sobre ele exerceram quer a visão do mundo, quer o rigor construtivo subjacentes à forma poética. Nos seus pseudo-haicais, Sena, um haijin acidental, não revela uma intenção puramente mimética, optando antes por uma engenhosa ‘haicaização’ da sua própria poética.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados