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Língua de sinais e ensino bilíngue: Simples escolha linguística e pedagógica? A lição de Auguste Bébian

    1. [1] Universidade de Poitiers
    2. [2] Universidade Paris 8
  • Localización: ETD: Educaçao Temática Digital, ISSN-e 1676-2592, Vol. 24, Nº. 4, 2022 (Ejemplar dedicado a: Educação bilíngue de surdos: retrospectivas, práticas e perspectivas), págs. 781-795
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Sign language and bilingual education: Simple linguistic and pedagogical choices? The Auguste Bebian lesson
    • La lengua de señas y la educación bilingüe: ¿Simples elecciones lingüísticas y pedagógicas? La lección de Auguste Bébian
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      Auguste Bébian (Pointe-à-Pitre, 1789-1839) fue el primero en sentar las bases de la educación bilingüe tal y como la conocemos hoy: la lengua de señas comolengua oral y el francés escrito. Bébian también desarrolló un sistema de escritura de la lengua de señas (Mimographie, 1825) y, por último, lo que constituye el núcleo de su proyecto filosófico: al despojarlade las señasmetódicas inventadas por el abate De l’Épée, la lengua de señas recupera su estructura y funcionamientopropios,diferentesalde las lenguas orales, y es considerada como la lengua natural de las personas sordas. Más aún, Bébian no ve en ella un medio para expresar el pensamiento de los sordos, la lengua de señas es su instrumento (Essai sur les Sourds-muets et sur le Langage Naturel, 1817).El objetivo de este artículo es demostrar que en la educación de sordos la lengua de señas no puede definirse como una “simple” opción lingüística y pedagógica. La lengua de señas se inscribe ante todo en una cierta reflexión ontológica y ecológica, ya que se sitúa en la encrucijada misma de las relaciones entre los individuos, sus capacidades y las actividades en torno a las cuales organizan su vida y su entorno. Abordar la cuestión de la lengua de señas en la educación bilingüe de los jóvenes sordos en la actualidad, más allá de los marcos legales, institucionales y pedagógicos, implica plantear la cuestión de su necesidad y las condiciones de su contingencia.

    • English

      Auguste Bébian (Pointe-à-Pitre, 1789-1839) was the first to lay the foundations for bilingual education as we know it today: sign language with oral and written French. Bébian also developed a system of writing in sign language (Mimographie, 1825) and, finally, what constitutes the heart of his philosophical project: by stripping it of the methodical signs invented by the abbe De l’Épée, sign language regains its own structure and functioning differently from oral languages, it is considered the natural language of the deaf. Furthermore, Bébian does not see in it a means of expressing the thoughts of the deaf, sign language is his instrument (Essai sur les Sourds-muets et sur le Langage Naturel, 1817). The purpose of this article is to demonstrate that, in the education of the deaf, sign language cannot be defined as a “simple”linguistic and pedagogical option. Sign language is inscribed above all in a certain ontological and ecological reflection, as it is situated at the very crossroads of the relationships between individuals, their capacities and the activities around which they organize their lives and their environment. Addressing the issue of sign language in the bilingual education of deaf young people today, beyond legal, institutional and pedagogical frameworks, implies raising the question of its need and the conditions of its contingency.

    • português

      Auguste Bébian (Pointe-à-Pitre, 1789-1839) foi o primeiro a lançar as bases para a educação bilíngue como a conhecemos hoje: a língua de sinais com a língua oral e o francês escrito. Bébian também desenvolveu um sistema de escrita em língua de sinais (Mimographie, 1825) e, finalmente, o que constitui o cerne de seu projeto filosófico: despojando-a dos sinais metódicos inventados pelo abade De l’Épée, a língua de sinais recupera sua própria estrutura e funcionando diferentemente das línguasorais, é considerada a língua natural dos surdos. Além disso, Bébian não vê nela um meio de expressar os pensamentos dos surdos, a língua de sinais é seu instrumento (Essai sur les sourds-muets et sur le langage naturel, 1817). O objetivo deste artigo é demonstrar que, na educação de surdos, a língua de sinais não pode ser definida como uma opção linguística e pedagógica “simples”. A língua de sinais inscreve-se sobretudo numa certa reflexão ontológica e ecológica, pois situa-se na própria encruzilhada das relações entre os indivíduos, suas capacidades e as atividades em torno das quais organizam suas vidas e seu ambiente. Abordar a questão da língua de sinais na educação bilíngue de jovens surdos hoje, para além dos marcos legais, institucionais e pedagógicos, implica levantar a questão de sua necessidade e as condições de sua contingência.


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