Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


L’empire de l’involontaire et la volonté de n’être pas gouverné

    1. [1] Université Paris VIII
  • Localización: Revista de filosofía Aurora, ISSN-e 2965-1565, ISSN 2965-1557, Vol. 31, Nº. 52, 2019, págs. 224-256
  • Idioma: francés
  • Títulos paralelos:
    • O Império do involuntário e da vontade de não ser governado
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      Nesse artigo nos interrogamos pelo estatuto conceitual bem como pelo alcance po-lítico da noção de vontade que aparece na célebre definição fornecida por Foucault, em 1978, de atitude crítica como «vontade de não ser governado». Para ampliar seu campo de inteligibilidade, faremos um paralelo entre a genealogia da relação de obediência no contexto do poder pastoral e da governamentalidade e a genealogia da concupiscência e da carne que inscreve na «estrutura permanente do sujeito» uma espécie de império do involuntário que permite governá-lo. Retraçaremos a maneira pela qual, a partir da emergência de um dispositivo médico-jurídico no interior da prática penal, no interior da qual, desde a metade do século XIX, se entrecruzam as avaliações psiquiátricas e os dispositivos de normalização para manipular os instintos e suas doenças consideradas perigosas para a sociedade, Foucault encaminha-se rumo à exigência de uma nova problematização da noção da vontade. Assim, procuraremos enfatizar como esta noção torna-se o núcleo de uma reformulação que não pode deixar de lado uma genealogia do involuntário desenvolvida por Foucault, especialmente nas pesquisas sobre a História da sexualidade, cuja publicação recente de seu quarto volume, As confissões da carne, permite-nos hoje apreender o efetivo alcance teórico e político dessa articulação entre a vontade e o involuntário. Com efeito, esta articulação permite descrever de maneira mais rica e detalhada tanto a matriz governamental da subjetivação no Ocidente quanto a constituição de um horizonte de imputabilidadee responsabilidade em relação ao qual cada sujeito é chamado a dar uma resposta, inscrevendo-o nesse mesmo gesto em um campo generalizado de obediência e tornando-o, desse modo, intimamente governável.

    • français

      Dans cet article nous nous interrogerons sur le statut conceptuel ainsi que sur la portée politique de la notion de volonté qui apparait dans la célèbre définition que Foucault donne en 1978 de l’attitude critique comme « volonté de n’être pas gouverné ». Pour en élargir son champ d’intelligibilité nous mettrons en parallèle la généalogie du rapport d’obéissance au sein du pouvoir pastoral et de la gouvernementalité avec la généalogie de la concupiscence et de la chair qui inscrit dans « la structure permanente du sujet » une sorte d’empire de l’involontaire permettant de le gouverner. Nous retracerons la manière dont à partir de l’émergence d’un dispositif médico-juridique à l’intérieur de la pratique pénale où, depuis la moitié du XIXe, s’enchevêtrent les expertises psychiatriques et les dispositifs de normalisation pour manipuler les instincts et ses maladies censées être dangereuses pour la société, Foucault avance l’exigence une nouvelle problématisation de la notion de la volonté. On s’attachera ainsi à mettre en lumière comment cette notion devient le foyer d’une reformulation qui ne peut pas se passer d’une généalogie de l’involontaire que Foucault développe notamment dans ses recherches sur l’Histoire de la sexualité, dont la récente parution du quatrième volume, Les aveux de la chair, nous permet aujourd’hui de saisir l’effective portée théorique et politique de cette articulation de la volonté et de l’involontaire. Celle-ci permet en effet de décrire de manière plus riche et détaillé tant la matrice governamentale de subjectivation en Occident que la constitution d’un horizon d’imputabilité et de responsabilité dont chaque sujet est appelé à répondre, ce qui l’inscrit par ce même geste dans un champ généralisé d’obéissance et le rend ainsi intimement gouvernable.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno