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O presente artigo busca analisar as aparições do erotismo na poesia de Adélia Prado, enquanto forma de libertação feminina através do corpo. Ao longo do tempo, a sexualidade da mulher foi tomada como tabu e símbolo de mistério, flutuando entre negação e sedução. Na escrita visceral de Adélia Prado, podemos perceber o erotismo no cotidiano, com o eu lírico feminino que vê beleza e sensualidade nas ações rotineiras das pessoas comuns. Ao lado do amor e da religiosidade, Adélia propõe o erotismo como algo natural na vida das pessoas, em especial das mulheres. Via de libertação e humanização do eu poético que ama com simplicidade, mas tem desejos e exala sensualidade. Como arcabouço teórico, utilizaremos os textos de Octavio Paz (1994), Michelle Perrot (2004) e David Le Breton (2009); os escritos de Georges Bataille (1987), acerca do erotismo, e de Affonso Romano de Sant’Anna (2019), sobre a produção poética de Adélia Prado. Os poemas que compõem o corpus serão retirados do livro Poesia reunida (2019).
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