Este artigo tem como objetivo analisar em imagens de corpos dispostas no romance A fúria do corpo, de João Gilberto Noll, o modo pelo qual são desatendidas concepções estanques e habituais para a representação do corpo e da existência humana. Para tanto, toma-se o conceito de corpo grotesco, na clave de Mikhail Bakhtin, em cuja ambiência carnavalizante de mutações, hibridismos e, sobretudo, demolições de hierarquias do inferior e do superior – no corpo e na vida – é produzida uma reviravolta de valores, fundamental para a desconstrução de verdades totalizantes.
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