Um dos aspectos centrais para o estudo da formação da classe trabalhadora no Brasil é a questão da transição do trabalho escravo para o trabalho livre, que se iniciou por volta de 1830, com as proibições ao tráfico de africanos, culminou com a Abolição, e manteve seus efeitos residuais até aproximadamente a década de 1920. Embora o modelo de base escravista, em seus fundamentos, tenha sido o mesmo para o conjunto da sociedade, aspectos como o potencial de oferta de força de trabalho não escravo, a escassez de mão-de-obra que se manifestou na propalada questão da "fome de braços" do debate abolicionista, e as formas de incorporação do homem livre ao processo produtivo, nesse período, assumiram configurações diferentes em cada pólo sócio econômico do país.
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