Permitam-me nesta altura em que a Antropologia está repleta de modismos ideológicos, defender uma posição culturalista. Da abordagem marxista, diz uma autora insuspeita, Eunice R. Durham, da USP, que os antropólogos enveredaram por essa linha tiveram de enfrentar o problema de como integrar um método de pesquisa de campo desenvolvido pelo funcionalismo com "uma teoria explicativa que parte de outras premissas e caminha em outra direção" (1 , p. 24) . Observa ainda que esses conceitos são "anteriores e exteriores às investigações em si , o que acaba produzindo frequentemente um hibridismo desconcertante: trabalhos estritamente funcionalistas na descrição empírica, precedidos e prolongados por introduções e conclusões formuladas em linguagem marxista" (idem) . Apesar de ser inequivocamente estruturalista o seu pendor, esta autora aponta que "o rigor formalista exigido pelo estruturalismo sacrifica o particularismo, a multidimensionalidade revelada pela pesquisa empírica voltada para grupos atuantes" (idem p . 25, grifo nosso) ...
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